Nesta terça-feira (21), o governo da Índia afirmou que o WhatsApp, pertencente ao Facebook, prometeu desenvolver ferramentas para combater fake news (notícias falsas, em português) e ajudar o país a inibir as pessoas que levantam a ira pública nas redes sociais.
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Segundo informações da Agência Reuters , o ministro indiano de Tecnologia da Informação, Ravi Shankar Prasad, pediu ao WhatsApp que buscasse maneiras de rastrear a origem desses boatos. As fake news já provocaram uma série de linchamentos e pelo menos 27 mortes em todo o país neste ano.
Por parte do governo indiano, há também a preocupação de que pessoas ligadas à partidos políticos possam usar a plataforma de mensagens para espalhar boatos no período que antecede as eleições legislativas do país, marcadas para 2019.
Além disso, após uma reunião com Chris Daniels, presidente-executivo do WhatsApp, Prasad afirmou que a empresa planeja organizar uma campanha para educar seus usuários sobre fake news.
Com mais de 200 milhões de usuários, a Índia é hoje o maior mercado do WhatsApp. O país é também o lugar onde as pessoas mais encaminham mensagens, fotos e vídeos.
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Outras iniciativas
No mês passado, o WhatsApp anunciou que o encaminhamento de mensagens na Índia será limitado a cinco pessoas ou grupos, enquanto no resto do mundo permanece em 20. A empresa também pretende remover o botão de encaminhamento rápido ao lado das mensagens que contenham mídias (como imagens ou vídeos, por exemplo).
Recentemente, ainda, a empresa colocou em prática o recurso que avisa quando uma mensagem recebida foi encaminhada de outra conversa. Segundo o WhatsApp, a nova funcionalidade “ajuda a determinar se um amigo ou familiar realmente escreveu o que enviou ou se a mensagem veio originalmente de outra pessoa”.
WhatsApp no Brasil
Por aqui, o aplicativo já foi alvo de vários bloqueios da Justiça por descumprir determinações de fornecer dados solicitados por investigações. Na maioria dos casos, o argumento da empresa foi o de não ter acesso às informações pedidas.
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Em março de 2016, Diego Jorge Dzodan, vice-presidente do Facebook na América Latina, chegou a ser preso após a rede social descumprir a decisão judicial de compartilhar informações trocadas por suspeitos de tráfico de drogas no WhatsApp . O Facebook é dono da plataforma de mensagens desde 2014.