A marca de Mark Zuckerberg já alcança 2,6 bilhões de usuários espalhados em todo o mundo. A informação, divulgada na terça-feira (30) pelo próprio presidente da empresa, faz parte dos resultados do terceiro trimestre deste ano e engloba todas as plataformas de Zuckerberg – Facebook, WhatsApp, Instagram e Messenger.
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Líder no ranking mundial de redes sociais e plataformas digitais, o Facebook, principal marca de Mark Zuckerberg , registra 2,3 bilhões de usuários novos todos os meses, sendo 1,5 bilhão todos os dias. De acordo com o Banco Mundial, esse número equivale a 34% da população mundial (que tem, atualmente, 7,5 bilhões de pessoas) atingidas pela plataforma.
Segundo a Statista, consultoria internacional de levantamento de dados, a empresa de Zuckerbeg é responsável por quatro das seis primeiras redes sociais do ranking mundial.
Logo depois do Facebook , aparecem o Youtube, que tem 1,9 bilhão de usuários; o WhatsApp, com 1,5 bilhão; o Facebook Messenger, utilizado por 1,3 bilhão; o WeChat, que registra 1,05 bilhão de pessoas e o Instagram, que tem 1 bilhão de usuários. Desses, apenas o YouTube, pertencente ao Google, e o WeChat, um tipo de WhatsApp chinês, não são chefiados pelo empresário.
Logo atrás, com menos de 1 bilhão de usuários, mas ainda dentro do ranking de uso mundial, aparecem outro aplicativos chineses, como o QQ (803 milhões), o Qzone (548 milhões), o Tik Tok (500 milhões) e o Sina Weibo (431 milhões).
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Apesar do grande número de utilizadores, a Statista afirma que o grande volume de usuários das plataformas chinesas tem a ver com a grande população do país, já que tem pouca expressão em nações de outras línguas.
De acordo com os resultados do trimestre divulgados por Zukerberg, as receitas aumentaram 33% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo US$ 13,7 bilhões (mais de R$ 50 bilhões). Só no ano passado, a empresa faturou cerca de USS$ 40 bihões (cerca de R$ 150 bilhões)
Mark Zuckerberg fala sobre desafios para as redes sociais
Zuckerberg aproveitou a divulgação de dados para se pronunciar a respeito de mudanças nas estratégias na marca. Entre elas, um dos principais desafios é o que o empresário chamou de "ameaças à segurança.”
Em relação ao Facebook, novas medidas de segurança devem ser tomadas, já que a plataforma vem sendo recorrentemente atacada e, só em 2018, já registrou três grandes vazamentos de dados, o último afetando cerca de 30 milhões de usuários .
Outra plataforma de Zuckerberg, o WhatsApp tem sido o alvo mais recente de críticas e pedidos de mudanças, já que foi um dos mecanismos que criou polêmica durante as eleições 2018 brasileiras, encerradas no último domingo (28). O aplicativo foi criticado devido à grande disseminação de fake news durante o período eleitoral, o que causou desinformação sobre os candidatos aos cargos públicos. Um dos casos mais graves é uma acusação de disparo em massa para fazer campanha contra um dos partidos que disputavam a Presidência, e que está sendo apurado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pela Polícia Federal.
Na Índia, o aplicativo de mensagens WhatsApp também foi questionado durante uma onza de linchamentos no país, depois de boatos que foram difundidos pela rede. Como resposta, o WhatsApp reduziu o número de encaminhamentos em massa.
A respeito dessas questões de segurança, Zuckerberg disse que a marca está fazendo muito progresso e que os sistemas ficam melhores a cada dia. "Nossos sistemas para identificação proativa de conteúdo prejudicial estão melhorando e os sistemas para detecção de interferências nas eleições estão mais maduros agora”, garantiu.
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Além dessa questão principal, Mark Zuckerberg
também comentou sobre as próximas novidades tecnológicas de suas plataformas, que incluem a migração dos usuários de plataformas tradicionais, como o Facebook, para redes de mensagens privadas e com linguagem de stories, como o WhatsApp e o Instagram, e o crescimento do uso de vídeos no meio digital. Ele afirmou que sua companhia está trabalhando para fazer com que os serviços de vídeo sejam uma "experiência única centrada nas pessoas", já que, nos próximos 10 anos, as linhas do tempo devem se alterar para os stories e vídeos em grupos ou "comunidades".