A faixa etária que apresentou maior crescimento no número de usuários da internet de 2016 para 2017 foi a dos idosos com mais de 60 anos, com 25,9%. Ao todo, são quase 10 milhões de novos usuários na comparação entre o último trimestre de cada ano.
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Os dados sobre o acesso à internet no Brasil estão disponíveis no documento Tecnologias da Informação e Comunicação, da Pnad Contínua, que foi divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa revela alta de 7,4% no uso da internet entre adolescentes de 10 a 13 anos. Nesta faixa etária, 71,2% das pessoas já acessaram o ambiente virtual; 41,8%, têm telefone celular pessoal.
Houve variação positiva entre quatro e seis pontos percentuais em todas as regiões do País. "Esse é um processo que vem ocorrendo de uma maneira relativamente rápida. Em um ano, houve um avanço de quase 10 milhões usuários de internet. Isso está ocorrendo em diversos grupos etários, tanto entre os jovens quanto entre os mais velhos", explica a analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
De acordo com a pesquisa, ainda, 16,3% da população brasileira com 10 anos ou mais fizeram uso da internet por meio da televisão no último trimestre de 2017. No ano anterior, esse percentual era de 11,3%. O aumento de 5 pontos percentuais registrado foi o mais expressivo. "[Isso] é viabilizado pelas Smart TVs , que vem ganhado cada vez mais espaço no mercado", avalia Adriana.
Conexão à internet no Brasil
Entre os celulares , houve um salto na conexão de 2,4 pontos percentuais, saindo de 94,6% para 97%. Por outro lado, em 2016, 63,7% dos usuários acessaram a web através de um computador, percentual que caiu para 56,6% em 2017. No tablet, a sequência de queda também foi vista, com a conexão caindo de 16,4% para 14,3%. De 2016 para 2017, cerca de 835 mil casas deixaram de ter um computador no Brasil.
Em relação aos tipos de conexão, a banda larga móvel já é mais usada, com presença em 78,5% dos domicílios, enquanto a banda larga fixa está em 73,5%. A famigerada internet discada , tradicional há alguns anos, se mostrou pouco relevante nos dados recentes. Apenas 0,4% dos domicílios têm acesso a esse tipo de conexão.
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"Em áreas mais afastadas, prevalece a banda larga móvel", explica a analista do IBGE. Em comunidades da floresta amazônica, por exemplo, há maior dificuldade de implantação de internet a cabo. Dessa forma, na Região Norte, em 88,7% dos domicílios com acesso à internet, as pessoas se conectam usando serviços de banda larga móvel, enquanto em apenas 48,8% das casas há banda larga fixa.
No Sudeste, os percentuais são mais próximos. A banda larga móvel está presente em 83,5% dos domicílios com conexão e a fixa, em 72,5%. O Nordeste é a única região em que os índices se invertem: a banda larga fixa existe em 74,2% dos domicílios com internet e supera os 63,8% da banda larga móvel.
Entre os que usam a internet no Brasil, 95,5% disseram usar o WhatsApp , aumento em relação aos 94,2% registrados em 2016.
Quem não usa a internet?
A falta de conhecimento é a principal causa para não acessar a web. O motivo foi citado por 38,5% dos entrevistados. "Apesar do acesso à internet entre a população mais velha ter crescido de forma mais expressiva, os idosos ainda são os que a utilizam em menor proporção", avalia Adriana.
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A falta de interesse foi o segundo motivo mais alegado para o não uso da internet , sendo mencionado por 36,7%. Somadas, não saber usar a internet e a falta de interesse foram as razões apresentadas por 75,2% das pessoas que não acessam a internet no Brasil. Preço, indisponibilidade do serviço na região e custo do equipamento necessário para o acesso estão entre as outras explicações.
*Com Agência Brasil