Com cada vez mais fotos, vídeos, áudios e aplicativos , a memória cheia dos smartphones é um problema enfrentado por muita gente. E, além de não ter mais espaço para armazenamento, a memória cheia também pode deixar o celular mais travado do que o normal.
Cientes da dificuldade, empresas investem no desenvolvimento de aplicativos “ Lite ”, que exigem aparelhos menos poderosos. As versões lite de apps geralmente trazem as mesmas funções principais, mas ocupam bem menos espaço dos smartphones.
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Especialista no desenvolvimento de aplicativos de saúde, Celso Fortes vive os dois lados da moeda. Como desenvolvedor, se esforça para criar aplicações leves , que exijam o mínimo possível dos celulares dos usuários. Como consumidor, ele sofre para guardar todos os seus arquivos, mesmo com um iPhone XR de 128GB de espaço para armazenamento.
"Se o aplicativo for pesado, o usuário pode apagá-lo quando a memória encher", explica Fortes. "Como consumidor, percebo que a gente acumula a história das nossas vidas ali dentro, e isso exige bastante espaço".
Usar a nuvem pode ajudar bastante
Apenas o sistema operacional, seja iOS ou Android , consome alguns gigabytes do aparelho. Diante disso, uma das saídas para economizar a memória dos celulares está nas nuvens . O Google Fotos , por exemplo, oferece armazenamento ilimitado de fotos com até 16MB e vídeos em HD. Outros serviços, como iCloud e OneDrive , também oferecem espaço gratuito, mas com limites. Dessa forma, é possível guardar arquivos em servidores remotos e apagá-los nos smartphones .
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E usar as opções em nuvem se faz cada vez mais necessário. Com aplicativos mais pesados, os arquivos como fotos, músicas e vídeos não precisam ser mais uma preocupação na hora de administrar o armazenamento. "Eu tinha um smartphone com 16GB e fiquei com ele uns quatro anos. No começo, ele funcionava muito bem, mas com o passar do tempo, os aplicativos ficaram mais pesados, e ele deixou de ser funcional. Precisei investir num celular mais potente. Comprei um com 64GB. Espero que dure uns dois ou três anos", conta Guilherme Fischer,editor de imagens.
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Foque no que for útil
Com o bombardeio de publicidade nas redes sociais, é comum as pessoas instalarem aplicativos que nunca vão usar. Dezenas deles — talvez centenas — ficam esquecidos, ocupando espaço que pode ser útil para outros fins. Deletá-los pode dar um alívio na memória, e esse deve ser o primeiro passo na hora de liberar espaço.
Mas o vilão pode ser justamente um aplicativo que pouca gente consegue deletar: o WhatsApp . Em troca da facilidade de comunicação, ele demanda muito espaço na memória. Por padrão, todos os áudios, fotografias e vídeos trocados ficam no aparelho. De memes a mensagens de bom dia, esses arquivos consomem gigabytes dos smartphones. Uma boa solução é desativar a função “Download automático de mídia” na configuração do aplicativo. Para isso, basta ir nas Configurações, clicar em "Uso de dados e armazenamento" e, depois, selecionar quais tipos de arquivo deseja fazer o download automático.
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Uma boa dica, ainda, são os aplicativos lite . Com foco nos usuários com pouco espaço de armazenamento, eles são mais leves do que os tradicionais. Facebook , Uber , Twitter e Spotify são alguns dos apps que possuem a versão lite . Aplicativos do Google , como YouTube , Maps e Gmail , possuem a versão chamada “ Go ”, que também ocupa menos espaço.
Use aplicativos para limpar o celular
A falta de espaço nos celulares dos brasileiros serviu de inspiração para a criação, pelo Google , de um aplicativo que facilita o gerenciamento de arquivos e aplicativos. Chamado Files , ele analisa rapidamente o que pode ser deletado, como fotos e vídeos que já estão salvos na nuvem, aplicativos que raramente são abertos, arquivos recebidos e enviados pelo WhatsApp e documentos baixados.
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"Imagine: na hora em que você vai tirar uma selfie, fotografar a família, aparece o alerta dizendo que precisa deletar outras fotos. Isso é muito irritante", diz Josh Woodward, relembrando ter percebido esse problema numa visita ao Brasil pelo projeto Next Billion Users, do Google , para identificação e solução de barreiras ao uso da tecnologia. "Por que o telefone não pode liberar espaço automaticamente? Então, criamos o Files , um gerenciador que indica quais arquivos estão seguros na nuvem e podem ser deletados ou quais arquivos provavelmente não interessam mais", explica.
Desenvolvido com foco nos brasileiros
, o Files rapidamente ultrapassou a marca de cem milhões de downloads. Ele também se tornou o aplicativo do Google
mais bem avaliado na Play Store, superando as expectativas da companhia. Apesar de ter sido projetado para mercados emergentes, como o brasileiro, tornou-se sucesso em vários países. Por esse motivo, foi rebatizado, perdendo o “Go” da família de aplicativos para smartphones
de baixo custo.