Vibrador faz uso de microrobótica para imitar contato humano
Reprodução/Lora DiCarlo
Vibrador faz uso de microrobótica para imitar contato humano


A startup Lora DiCarlo iniciou a pré-venda de seu vibrador Osé , que usa de microrobótica para atingir o que a empresa chama de orgasmos mistos. Depois de ser barrada de apresentar seu vibrador na Consumer Electronics Show (CES) , uma das maiores feiras do mundo da tecnologia, no início deste ano, a empresa se posicionou contra o machismo e pretende levar a novidade para o mundo todo. 

O Osé é um vibrador que usa de microrobótica para imitar sensações de boca, língua e dedos humanos. Além disso, o dispositivo se ajusta à fisiologia de diferentes corpos. O objetivo do Osé, segundo a startup, é proporcionar orgasmos mistos, estimulando clitóris e ponto G ao mesmo tempo. 

Por enquanto, o dispositivo está disponível em pré-venda nos Estados Unidos pelo valor de US$290 para quem se inscrever no site da empresa. A partir do dia 02 de dezembro, a venda se inicia para o público geral. A expectativa da Lora DiCarlo é começar a enviar o produto internacionalmente dentro de quatro a seis semanas

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Polêmica na CES

Antes de chegar ao patamar de iniciar as vendas, o Osé passou por vários percalços. No final de 2018, a startup soube que o vibrador tinha sido premiado na categoria Prêmio de Inovação em Robótica da CES de 2019. Antes da feira acontecer, porém, a organização retirou o prêmio. Na ocasião, Lora DiCarlo publicou uma carta aberta dizendo que a organização tinha dito, como motivo para retirar o prêmio, que o dispositivo era “profano, imoral e obsceno”. 

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Um tempo depois, a organização disse que, na verdade, o motivo era que o Osé não se encaixava na categoria de robótica . De qualquer forma, o prêmio foi revogado e o vibrador sequer pôde ser apresentado durante a CES , que aconteceu em janeiro deste ano. 

O vibrador foi barrado de ser apresentado na CES 2019
Reprodução/Lora DiCarlo
O vibrador foi barrado de ser apresentado na CES 2019


Na época, a empresa acusou a organização da feira de machismo, e lembrou de vários outros objetos sexuais apresentados em edições anteriores, mas que focavam no prazer masculino. “Você não pode fingir ser imparcial se permitir um robô sexual para homens, mas não um equivalente focado na vagina”, afirmou a empresa em carta aberta na ocasião. 

Como um vibrador mudou o cenário da CES

Depois da polêmica, a organização da CES voltou atrás e, em maio deste ano, concedeu o prêmio ao Osé. A startup Lora DiCarlo, porém, não achava que isso era suficiente. A empresa, composta quase em sua totalidade por mulheres, tem a missão de “se comprometer em criar espaços inclusivos na indústria de tecnologia e além, e produtos revolucionários que atendem a diversas comunidades que buscam um caminho para o prazer”. De olho nisso, a startup pediu por mudanças na CES

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Na próxima edição, em 2020, a feira terá uma categoria exclusiva para premiar tecnologias criadas para a saúde sexual . “Eles expandiram a categoria de expositores de Saúde e Bem-Estar para incluir a tecnologia sexual. Além disso, pornografia não será mais permitida na feira. Isso criará um ambiente mais seguro e inclusivo para todos os participantes”, afirma a empresa Lora DiCarlo em seu site.

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