Estudo Brasileiro realizado pelo Hospital Israelita Albert Einstein e o Labdaps (Laboratório de Big Data e Análise Preditiva em Saúde) da USP apontou que a Inteligência Artificial pode atingir 78% de precisão no diagnóstico do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
Os pesquisadores agora esperam ampliar os estudos para que os testes de covid-19, que estão escassos, sejam direcionados para pacientes que tenham maior chance de estarem infectados.
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Como método, os pesquisadores alimentaram algoritmos de inteligência artificial com dados de cerca de 164 pacientes com suspeita de Covid-19 e que já tinham realizado exames RT-PCR para detectar o vírus.
Informações dos pacientes, como exames de sangue, foram utilizadas para treinar o algoritmo a identificar padrões que pudessem apontar a infecção pelo Covid-19.
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Em seguida, o algorítimo foi testado em 235 pacientes do Hospital Albert Einstein e o diagnóstico foi eficaz em 78% das vezes, resultado melhor do que o dos testes rápidos que o governo recebeu por doação.
Segundo os pesquisadores, a ideia não é que a inteligência artificial substitua os testes usuais, mas funcione como ferramenta de apoio, principalmente enquanto os resultados dos testes não ficam prontos. O modelo ajudaria, inclusive, a diferenciar o novo coronavírus da gripe.
O próximo passo é conseguir que outros hospitais abram e enviem seus dados para que o algoritmo continue a ser treinado e validado para um possível uso cotidiano.
Os pesquisadores afirmam que já há estudos para que os algoritmos possam ajudar em outras áreas como, por exemplo, a indicar o prognóstico dos casos de Covid-19, uma possível necessidade e respirador e a chance de mortalidade.