Desde que o presidente Donald Trump decidiu banir o TikTok dos EUA caso ele não seja vendido para uma empresa norte-americana , usuários da rede social têm se voltado contra ele.
De acordo com a agência France-Presse, 20 influenciadores do TikTok
- que, juntos, somam mais de 100 milhões de seguidores - publicaram uma carta aberta a Trump argumentando contra a proibição da plataforma.
"Um mundo virtual dominado pelo ódio no Twitter não é nada ao lado dos momentos de alegria e comédia no TikTok", diz o documento, publicado no portal Medium. "Então, ao invés de eliminar o TikTok, por que não aproveitar esta oportunidade para separar o TikTok US em uma OPI [oferta pública inicial] ou vendê-lo a uma empresa americana? Deixe que o capitalismo resolva este problema, não o Estado".
De acordo com os influenciadores que assinaram a carta, o TikTok atrai sobretudo uma geração que passou a infância na internet testemunhando gigantes de tecnologia como Google e Facebook se tornarem dominantes. Eles disseram, ainda, que o TikTok "é a primeira empresa a desafiar as companhias que puseram fim à internet aberta".
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Trump contra ativistas?
Alguns usuários do TikTok ainda sugerem que o presidente estaria tentando banir a rede social porque ela é muito popular entre ativistas, como os que lutam contra o racismo.
Um vídeo publicado pela usuária @maya2960 traz um rap sobre o assunto que teve mais de 500 mil curtidas no TikTok, como relata a France-Presse. Nele, a jovem sugere que o possível banimento da rede social pode estar associado ao que aconteceu em Tulsa, Oklahoma.
Em junho, fãs de K-Pop e usuários do TikTok reservaram centenas de milhares de lugares em um comício do presidente para, depois, não aparecerem por lá. A sabotagem levou o evento a ter um público muito reduzido.
"Agora não acho que seja uma coincidência depois de Tulsa ter sido um fracasso; do nada, agora de repente você quer seguir adiante e proibir o TikTok", canta @maya2960 em seu rap.
Além disso, a influenciadora também diz que os usuários da plataforma não desistirão facilmente, e cita a liberdade de expressão."Você pode proibir o aplicativo, um novo virá. Há oferta onde há demanda", afirma.