Os ataques cibernéticos com vírus de resgate, chamados de ransonware, bateram recorde no primeiro semestre deste ano, de acordo com relatório da empresa de cibersegurança SonicWall, divulgado na quinta-feira (29).
Em todo o mundo, foram detectadas 304,7 milhões de tentativas de ransomware no período. Para comparar, o valor foi maior que o total do ano de 2020 (304,6 milhões). Os números representam as tentativas, que não necessariamente resultaram em dados sequestrados.
Os vírus do tipo ransonware roubam dados e os criptografam, sem que o dono possa ter acesso. Para recuperar as informações e impedir que os hackers as vazem, os proprietários precisam pagar valores altos, geralmente em criptomoedas, como resgate. O golpe normalmente é aplicado em empresas.
De acordo com o levantamento, o Brasil é o quinto maior alvo dos ataques de ransomware, com mais de 9 milhões de tentativas. Os líderes são Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e África do Sul.
De acordo com a SonicWall, o aumento desse tipo de ataque está relacionado ao retorno financeiro que os hackers têm obtido. Quanto mais empresas se veem forçadas a pagar resgates, mais o vírus se dissemina. Vale lembrar que especialistas em cibersegurança aconselham o não pagamento da quantia, já que nem sempre os cibercriminosos cumprem sua parte do combinado.