O Comitê de Supervisão do Facebook
afirmou na terça-feira (21) que pediu para que a rede social dê explicações a respeito de um sistema que permite que um grupo seleto de usuários esteja sujeito a regras diferentes dos demais.
O Comitê é um órgão independente da rede social que lida com questões complexas de moderação de conteúdo, como ocorreu no caso Donald Trump. A declaração do órgão fez referência a uma reportagem publicada pelo The Wall Street Journal na semana passada.
O jornal apontou para a existência de um sistema do Facebook que isentava famosos das regras da rede social. Na 'lista VIP', chamada de "verificação cruzada" ou "XCheck", estavam nomes como Neymar e Donald Trump (antes dele ser banido da plataforma). Em 2020, pelo menos 5,8 milhões de pessoas faziam parte do grupo, segundo documentos obtidos pela reportagem.
"Esperamos receber um briefing do Facebook nos próximos dias e estaremos relatando o que ouvimos sobre isso como parte de nosso primeiro lançamento de relatórios de transparência trimestrais que publicaremos em outubro. Também estamos analisando como a Diretoria pode explorar mais questões políticas relacionadas à verificação cruzada, o que pode levar a outras recomendações nesta área", escreveram os co-presidentes do Comitê.
Quando a reportagem foi publicada, Andy Stone, porta-voz do Facebook, disse que "não existem dois sistemas de justiça; é uma tentativa de proteção contra erros".