Mark Zuckerberg, CEO do Facebook
Reprodução/Facebook
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, estava pessoalmente envolvido no caso Cambridge Analytica, de acordo com investigação conduzida pelo procurador-geral do distrito de Columbia (EUA), Karl Racine.

O escândalo Cambridge Analytica expôs dados de 87 milhões de usuários da rede social e os utilizou para fins políticos. Nesta quarta-feira (20), Racine afirmou, em sua conta no Twitter, que adicionou Zuckerberg a um processo que já movia contra o Facebook desde 2018.

"Acabei de adicionar Mark Zuckerberg como réu em meu processo contra o Facebook. Nossa investigação contínua revelou que ele estava pessoalmente envolvido em decisões relacionadas à Cambridge Analytica e à falha do Facebook em proteger os dados do usuário", escreveu o procurador-geral.

O processo acusa o Facebook, e agora Zuckerberg, de comprometer a privacidade dos usuários da rede social e de deturpar suas políticas sobre acesso a dados. "Este processo visa proteger os dados de metade de todos os residentes do distrito e dezenas de milhões de pessoas em todo o país", escreveu Racine. "Assumimos nossa obrigação de investigar irregularidades muito a sério - e o Facebook deve assumir a responsabilidade de proteger os usuários com a mesma seriedade", continuou.

Embora Racine não tenha especificado de que forma Zuckerberg está pessoalmente envolvido no caso, ele afirmou que "centenas de milhares de páginas de documentos produzidos em litígio" foram revisados, além da análise de uma "ampla gama de depoimentos, incluindo ex-funcionários e denunciantes".

O Facebook se defende das acusações contra a companhia e contra seu CEO. "Estas alegações são tão sem mérito hoje como eram há mais de três anos, quando o Distrito apresentou a sua queixa. Continuaremos nos defendendo vigorosamente e nos concentrando nos fatos", disse um porta-voz da empresa ao The Verge.

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