O YouTube já removeu 33 vídeos com informações falsas sobre a Covid-19 da conta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste ano. O último vídeo foi publicado em 21 de outubro e traz associações a vacina da Covid-19 a casos de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids).
Após a remoção do vídeo, Bolsonaro foi suspenso da plataforma por uma semana. O prazo se esgota nesta segunda-feira (01).
Bolsonaro também já foi alvo de exclusão de seus vídeos em outras oportunidades. Em maio, o YouTube retirou 11 vídeos onde o presidente aconselha o uso de cloroquina para cura da doença. O remédio é comprovadamente ineficaz contra a Covid-19.
Bolsonaro, então, insistiu no uso de medicamento em outras lives, provocando a remoção de outros 14 vídeos em julho. Em ambos os casos, o chefe do Executivo não foi suspenso pela plataforma.
Outros vídeos e lives com disseminação de notícias falsas também foram retirados da plataforma durante o ano.
Regras
Bolsonaro já havia sido notificado pelo YouTube sobre a violação da política de privaciade da empresa, em julho. Após a publicação de mentira sobre a vacina contra a Covid-19 e a Aids, ele recebeu o primeiro aviso, que leva à suspensão do canal por uma semana. Caso volte a violar as diretrizes dentro de 90 dias, receberá um novo aviso, e a punição será em dobro: duas semanas sem poder publicar.
Se receber três avisos em um prazo de 90 dias, o canal será removido permanentemente do YouTube.
YouTube não foi o único
O Facebook também derrubou a última live de Bolsonaro. O conteúdo não está mais disponível nas contas do presidente na rede social e no Instagram, que pertece ao mesmo grupo.
"Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas", informou um porta-voz da empresa.