Golpes virtuais de estelionato crescem 90% às vésperas do Carnaval
Flavia Correia
Golpes virtuais de estelionato crescem 90% às vésperas do Carnaval

O Carnaval está se aproximando e especialistas em cibersegurança alertam que as tentativas de fraudes cresceram mais de 90%. Os dados são da Psafe, que registrou mais de 790 mil tentativas de golpes virtuais na última semana. Além de ficar atento às redes nas quais conecta seu dispositivo, é preciso estar alerta em relação a falsas promoções que surgem nesta época do ano com a temática "Carnaval" e a supostas ofertas de hotéis oferecendo diárias grátis.

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"O alerta é importante principalmente porque notamos um crescimento nas tentativas de golpes virtuais. Para dar uma ideia, na última semana, bloqueamos mais de 790 mil tentativas de golpes de estelionato, o que representa um aumento superior a 90% em detecções em relação à semana anterior, quando bloqueamos cerca de 412 mil", alerta o CEO da PSafe, Marco DeMello.

O alerta é especialmente importante para empresas, uma vez que, com muitos colaboradores em home office, parte deles pode fazer uso de uma internet pública como a de um hotel, por exemplo.

"Os ataques são iniciados por algum dispositivo conectado ao sistema de uma empresa, como o celular ou o notebook de um colaborador. Sabendo disso, os cibercriminosos têm direcionado suas tentativas, com e-mails falsos, mensagens fraudulentas, SMS, entre outros, tudo para que algum colaborador baixe o arquivo malicioso, e eles iniciem, assim, seu ataque. Lembre-se: basta apenas um clique para pôr em risco toda uma operação empresarial", enfatiza o especialista.

Confira as dicas

1. Identifique se a conexão é segura

Primeiramente, verifique se a rede wi-fi na qual está se conectando é protegida por meio de senha ou cadastro. Se ela não exigir nenhum dos dois, está aí um alerta. Roteadores desprotegidos representam uma ameaça aos dispositivos, pois os cibercriminosos podem criar um ponto de acesso de wi-fi gratuito e coletarem todos os dados que você transmitir, incluindo logins em contas e e-mails.

Há ainda outro agravante: há redes maliciosas que utilizam uma tática chamada "spoofing", na qual você é direcionado a uma página falsa idêntica a uma original e que pode pedir para você inserir dados sensíveis e até mesmo senhas, podendo ocasionar diversos prejuízos, inclusive financeiros.

2. Não acesse aplicativos bancários de redes públicas

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Mesmo que a conexão pareça segura, nunca utilize aplicativos ou sites bancários de uma rede wi-fi pública. Muitas destas redes oferecem potencial perigo, tendo em vista que parte dos estabelecimentos pode manter as configurações originais de fábrica do roteador, incluindo nome e senha.

3. Eduque os funcionários

Muitas empresas acreditam que seus funcionários jamais clicariam em links duvidosos ou baixariam arquivos maliciosos. Esse é um erro que pode colocar em risco todo o sistema da empresa, principalmente porque a porta de entrada de qualquer ataque cibernético é algum dispositivo. Portanto, alerte seus funcionários sobre os riscos e melhores práticas de segurança digital.

4. Crie senhas fortes e seguras

Pesquisa recente da PSafe identificou um dado alarmante: quatro a cinco brasileiros em cada dez raramente ou nunca mudam suas senhas. Senhas sensíveis podem ser a porta de entrada para cibercriminosos se logarem nos sistemas empresariais, colherem informações e dados sensíveis. Com vazamentos de dados cada vez mais frequentes — no ano passado foi registrado um o maior da história do país—, além de se atentar para criar combinações fortes, é fundamental lembrar de alterar as senhas com frequência.

5. Tenha uma solução de proteção em todos os dispositivos

Invista em segurança digital para que sua empresa não se torne mais uma vítima dos hackers. Assim, crie uma política de segurança que inclua a proteção de todos os dispositivos que estejam conectados à empresa, reduzindo vulnerabilidades que poderiam ser exploradas pelos cibercriminosos.

Em 2021, por exemplo, um levantamento identificou que 98% deles têm alguma vulnerabilidade. Dentre os sites avaliados, 98% apresentaram risco médio de sofrer um ciberataque; 90%, leve; 25%, alto; e 2%, crítico.

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