As datas comemorativas são frequentemente usadas por criminosos para disseminar golpes em redes sociais e no WhatsApp. Desta vez, o Dia das Mães é a isca para capturar dados pessoais, bancários e roubar dinheiro das vítimas, simulando promoções e venda de produtos. Segundo especialistas, o apelo emocional dessas datas facilita a atuação dos golpistas.
Com preços muito abaixo do mercado ou descontos, eles fazem circular mensagens em que prometem produtos com valores quase inacreditáveis. Mas quando as vítimas clicam, elas têm seus dados roubados. Além disso, os criminosos costumam usar o nome e marcas conhecidas no mercado para simular as promoções.
Segundo dados laboratório de segurança digital da PSafe, apenas na primeira semana de abril, pelo menos 200 mil pessoas foram enganadas por golpes de phishing . No Dia das Mães, os cuidados devem ser redobrados para conseguir diferenciar as promoções verdadeiras.
Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Federação dos Bancos (Febraban), alerta que ofertas tentadoras escondem, muitas vezes, links maliciosos que capturam dados pessoais, resultando em golpes que geram muito prejuízo para o consumidor.
"Sempre desconfie de promoções com preços muito menores que o valor real do produto. Os criminosos se utilizam da empolgação dos consumidores em fazer um grande negócio para aplicar golpes por meio de anúncios em páginas falsas de empresas de comércio eletrônico, via SMS, WhatsApp e também em posts de redes sociais", afirma.
Como se proteger?
- Cuidado com seus dados: informações pessoais como telefone, CPF, endereço e número de cartões merecem cuidado redobrado. Evite colocar esses dados em qualquer formulário e sempre se preocupe se o site que for cadastrar é realmente seguro.
- Cuidado ao clicar: só clique em links se tiver certeza de que é seguro. Para isso, observe se à esquerda do endereço do site há imagem de cadeado, que significa segurança, e também averigue se o site tem a sigla 'https' no endereço da web. Busque sempre as páginas oficiais enão compartilhe links suspeitos com seus contatos;
- Procure saber sobre a reputação da loja: priorize as informações do Procon, portais de direito do consumidor ou Reclame Aqui. Cuidado com sites que mudam apenas uma letra de um nome famoso;
- Mude suas senhas: tenha senhas diferentes para cartões, sites e cadastros, e também procure alterar constantemente. Evite que essas sejam mais simples como o nome e 123 na sequência e a data de nascimento, por exemplo;
- Priorize pagamento no cartão de crédito: para as compras online essa é a forma mais segura, pois simplifica o cancelamento, permitindo que o cliente conteste a cobrança e solicite o reembolso do valor ao identificar possíveis fraudes. Evite transferência bancária ou boleto;
- Fuja de condições extraordinárias: propostas com descontos sensacionais são as mais usadas para os golpes.
- Atualize sempre o antivírus: esteja com o programa de antivírus atualizado para proteger os sistemas operacionais de computadores e smartphones, e faça varreduras constantes.
- Busque fontes confiáveis de informação: busque informações de fontes confiáveis, lembrando que grupos de WhatsApp são os maiores disseminadores de fake news.
Fonte: Afonso Morais, CEO e fundador da Morais Advogados Associados, e especialista em combate a fraudes financeiras.