Um dos golpes digitais que mais faz vítimas no Brasil é o de phishing
. Trata-se de uma técnica para enganar internautas e fazer com que eles compartilhem informações pessoais, como número do cartão ou CPF. Sabe aquela mensagem que te direciona para um site falso que pede para você criar um cadastro para ter direito a um oferta imperdível? Esse é um clássico exemplo de phishing.
Um relatório recente da empresa de cibersegurança Kaspersky revelou que os sites falsos ficam ativos por muito pouco tempo, fazendo com que os cibercriminosos utilizem de táticas para fazerem o golpe circular mais rápido.
A Kaspersky descobriu que um terço das páginas falsas deixa de existir em menos de um dia. Após 13 horas do início do monitoramento realizado pelos pesquisadores da empresa, um quarto das páginas falsas já estavam offline e metade dos sites não durou mais de 94 horas.
De acordo com a Kaspersky, a cada hora que passa, cresce as chances das páginas falsas entrarem em bancos de dados de antiphishing, reduzindo as chances dos cibercriminosos fazerem novas vítimas. Com o ciclo de vida da fraude muito curto, o objetivo dos golpistas é distribuir os links falsos o mais rápido possível.
"O ciclo de vida curto de um phishing representa muito bem o modus operandi dos phishers brasileiros, pois sites falsos hospedados em domínios .br são removidos rapidamente – tanto que já faz alguns anos que os criminosos brasileiros hospedam seus sites em domínios estrangeiros para dificultar sua remoção e ter mais tempo de fazer vítimas", explica Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.
Para que os golpes circulem rapidamente, Assolini explica que os golpistas utilizam algumas técnicas. "Entre as técnicas usadas no Brasil, destaco os filtros geográficos, por dispositivos e por IPs. O primeiro serve para evitar a análise de empresas de segurança que não tem uma equipe de pesquisa no Brasil. Já as outras técnicas servem para direcionar o tipo de vítima que o criminoso busca. Por exemplo, se o malware é para celular, acessos via desktops ou laptops visualizarão um erro 403 em vez da página do golpe", esclarece o especialista.
Dicas para não ser vítima de phishing
A seguir, confira algumas dicas da Kaspersky para não cair neste tipo de golpe:
- Quando estiver em uma rede pública, não acesse o Internet Banking ou outros serviços online. Essas conexões podem ser criadas por criminosos que falsificam os endereços web para redirecionar o internauta a um golpe para roubar suas credenciais.
- Os golpes bem-feitos simulam perfeitamente e-mails e páginas web reais. Mas, a maioria deles apresentam erros de ortografia. Em ambos os casos, as mensagens falsas direcionarão o internauta para um endereço diferente do oficial.
- Desconfie de promoções boas demais ou de mensagens urgentes e sempre procure canais oficiais.
- Tenha instalado uma solução de segurança confiável - aqui você encontra opções gratuitas de antivírus para Android
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