A Apple é investigada na França por possivelmente limitar a vida útil de seus produtos, sobretudo iPhones, de forma proposital. A investigação começou em dezembro do ano passado, mas foi revelada nesta segunda-feira (15) pelo ministério público do país.
A investigação foi motivada por uma denúncia apresentada pela associação HOP, que acusa a companhia de práticas comerciais enganosas e obsolescência programada. O caso está sendo conduzido pela Direção-Geral da Concorrência, do Consumo e da Repressão de Fraudes da França.
Segundo a associação, a Apple "associa os números de série dos componentes de um produto ao de um smartphone, por meio, em particular, de microchips". Isso permite que a fabricante "limite a reparação de seus dispositivos por parte de reparadores não autorizados e, inclusive, estrague um smartphone com componentes 'genéricos' à distância".
A Apple, que ainda não se pronunciou sobre o caso, já aceitou em 2020 pagar multa de € 25 milhões na França por práticas comerciais enganosas. Na ocasião, uma investigação apontava para a restrição de funções em modelos antigos de iPhone.