A Xiaomi
fechou um acordo para escapar de sanções dos Estados Unidos
. O trato com o governo americano acontece depois que o Departamento de Defesa acusou a fabricante de ser uma "empresa militar comunista chinesa"
em meados de janeiro de 2021. As informações foram reveladas pela Bloomberg nesta quarta-feira (12).
Segundo o site, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos concordou que uma ordem final para retirar a empresa da lista "seria apropriada". "As partes chegaram a um acordo sobre um caminho a seguir que resolveria este litígio sem a necessidade de instrução contestada", diz um documento submetido à corte do país. Os termos do acordo ainda estão sendo definidos pela Xiaomi e autoridades dos Estados Unidos. As duas partes irão apresentar uma nova proposta até 20 de maio. Procurada pela Bloomberg, a fabricante chinesa não comentou sobre o assunto.
Xiaomi nega ser "empresa militar comunista chinesa"
O acordo tende a trazer um desfecho ao episódio iniciado em janeiro, que resultaria em restrições de investimentos à fabricante. Ainda sob a administração de Donald Trump , o governo dos EUA incluiu a Xiaomi à lista de "empresas militares comunistas chinesas". Outras companhias chinesas, como Comac, também entraram para a relação.
"O Departamento de Defesa divulgou os nomes de 'empresas militares comunistas chinesas' adicionais que operam direta ou indiretamente nos Estados Unidos, de acordo com a exigência estatutária da Seção 1237 da Lei de Autorização de Defesa Nacional para o ano fiscal de 1999, conforme alterada", anunciaram na época.
A fabricante de celulares Mi
, Poco
e Redmi
negou as acusações logo em seguida
. Em um comunicado, a fabricante disse que não é de "propriedade, controlada ou afiliada ao exército chinês" e que não é uma "empresa militar comunista chinesa". Depois, no fim de janeiro, a Xiaomi abriu um processo contra as autoridades dos Estados Unidos.
Em março, a Xiaomi conseguiu uma liminar da Justiça que derrubava as sanções do governo. Para o juiz federal que apreciou o caso, o governo americano carecia de "provas substanciais". Na ocasião, a fabricante disse estar "satisfeita" com a decisão.