O WhatsApp abriu mão de restringir o aplicativo de usuários que não aceitarem a nova política de privacidade da plataforma . É o que aponta uma atualização em uma página de suporte do serviço, onde o mensageiro informa que, no momento, não há planos para bloquear o aplicativo de quem não concordar com a mudança dos termos.
A alteração no documento mostra uma nova explicação a quem optar por não concordar com as novas regras. Agora, os responsáveis pelo serviço afirmam quem não há planos para exibir lembretes para fornecer informações sobre a atualização de maneira persistente. O mesmo é dito para o limite às funcionalidades do app .
"Os usuários que não aceitaram a atualização terão oportunidades para fazê-lo diretamente no app, como ao registrar-se novamente no WhatsApp ou ao usar pela primeira vez um recurso relacionado a essa atualização", disseram. "O WhatsApp não apagará sua conta se você não aceitar os Termos de Serviço e a Política de Privacidade atualizados".
A mudança também foi relatada pelo mensageiro ao The Next Web . "Dadas as recentes discussões com várias autoridades e especialistas em privacidade, queremos deixar claro que atualmente não temos planos de limitar o funcionamento do WhatsApp para aqueles que ainda não aceitaram a atualização", afirmaram na semana passada.
Na ocasião, a companhia ainda destacou que o serviço continuará a lembrar os usuários de tempos em tempos sobre a atualização . O mesmo será feito a quem optar por usar "recursos opcionais relevantes". É o caso de uma comunicação com uma empresa que esteja recebendo suporte do Facebook , por exemplo.
Em uma página em alemão guardada no Internet Archive em 25 de maio, é possível conferir as explicações prévias. Segundo a versão anterior, depois de 15 de maio, as contas dos usuários não seriam excluídas ou restringidas. O mensageiro, porém, iria emitir notificações para lembrá-los de aceitar os novos termos depois da data limite.
O lembrete seria exibido permanentemente após algumas semanas. O WhatsApp informava que iria restringir algumas funcionalidades neste momento, como o acesso à lista de conversas, até que o usuário concordasse com os novos termos. Depois de mais algumas semanas, o envio e a recepção de chamadas e mensagens seriam limitados.
WhatsApp atualiza política de privacidade
Este é mais um episódio envolvendo a nova política de privacidade do WhatsApp. No início de janeiro, o mensageiro começou a anunciar as suas novas regras que iriam valer a partir de 8 de fevereiro. Mas, após críticas de usuários e autoridades, os responsáveis pelo serviço alteraram o prazo para concordar com a mudança para até 15 de maio.
Mas a história não teve fim com a chegada da data limite. Após um acordo com órgãos brasileiros , as restrições foram postergadas em 90 dias. O governo indiano ainda deu um prazo para o mensageiro reverter a atualização. Em reação ao pedido, os responsáveis pelo app disseram que os novos termos não alteram a privacidade das mensagens pessoais dos usuários.
Na semana passada, o Facebook também prestou esclarecimentos sobre a nova política do WhatsApp em audiência para a Câmara dos Deputados.