Além de apresentar o Terragraph, o Facebook anunciou o Bombyx, um robô capaz de cabear redes de fibra óptica utilizando a infraestrutura de postes e linhas de transmissão de redes elétrica. Com baixa intervenção humana, a solução deve facilitar a expansão do cabeamento terrestre de internet uma vez que há redução nos custos de mão de obra.
O Bombyx (palavra latina que significa "bicho de seda") foi a solução que o Facebook criou para expandir a banda larga com custo mais baixo comparado com a construção tradicional da infraestrutura. A empresa afirma que a fibra óptica por si só custa centavos de dólar por metro, e o que encarece é o custo de instalação.
O robô se aproveita do cabeamento já existente das linhas elétricas de média tensão - aquelas que ficam no topo dos postes e alimentam os transformadores - e vai "enrolando" a fibra óptica sob o cabo de energia.
O Bombyx consegue trabalhar de forma autônoma, uma vez que o próprio robô consegue desviar e contornar as bobinas dos postes que sustentam os cabos de média tensão. Os técnicos basicamente precisam colocar o equipamento sobre a linha, e todo o traçado é feito automaticamente pelo equipamento.
Na versão atual, cada robô é capaz de instalar pouco mais de um quilômetro de fibra óptica e passar por dezenas de obstáculos em aproximadamente uma hora e meia. Um único cabo contém 24 fibras, o que permite atender até mil residências com banda larga fixa.
Ainda em fase de desenvolvimento, o Facebook não divulgou detalhes sobre a disponibilidade do Bombyx e como as empresas poderão utilizar o robô de passar fibra óptica.
Facebook investe em fibra óptica submarina
As novidades de conectividade do Facebook não se restringem ao Bombyx e ao Terragraph: a empresa também investe em um novo cabo óptico submarino que deve conectar Estados Unidos e Europa com estações solares no meio do oceano.
A nova infraestrutura conta com 24 pares de fibra óptica, o que é uma novidade considerando que cabos submarinos normalmente contam com 2 a 8 pares de fibra. Com isso, o Facebook conseguirá atingir uma taxa de transmissão de 500 terabits por segundo entre os dois continentes.
Além disso, a equipe de engenharia do Facebook também trabalha com uma nova tecnologia para levar energia no meio do oceano. A rede social aposta em alimentação através da painéis solares e conversão de energia gerada pelas ondas, que ficarão em boias e servirão para fornecer eletricidade aos repetidores das fibras submarinas.