A Niantic, desenvolvedora de jogos de realidade aumentada como Pokémon Go , Ingress e Harry Potter: Wizards Unite, anunciou que irá usar tecnologias de realidade aumentada e dados coletados pelos jogadores de Pokémon Go para criar “ricos mapas tridimensionais” de locais reais designados dentro do jogo como PokéStops ou Ginásios.
O recurso, chamado pela empresa de “PokéStop Scanning” estará disponível a partir de junho para os treinadores de nível 40 ou superior, antes de chegar aos outros jogadores gradualmente, dependendo de seu nível no jogo .
Os jogadores irão gravar curtos vídeos das PokéStops , e a partir das imagens a Niantic será capaz de extrapolar um mapa tridimensional do local. Além do vídeo, serão coletados dados como data e hora, localização, modelo do smartphone , dados da câmera e como o aparelho se moveu durante a captura (dados de acelerômetro).
Leia também: Nintendo poderá monitorar saúde do jogador e usar resultados em pontuação
A Niantic afirma que quaisquer metadados que possam identificar os jogadores serão prontamente descartados, e itens como rostos e placas de carros serão “borrados” automaticamente.
Você viu?
“Um mapa tridimensional e legível por máquina de um local dá aos dispositivos (como telefones celulares atuais e futuros headsets) uma melhor compreensão da profundidade e complexidade do mundo real”, diz um post da Niantic sobre o anúncio.
Um recurso similar chamado Portal Scanning foi adicionado ao Ingress, outro jogo da Niantic, em fevereiro deste ano. Os portais em Ingress são equivalentes às PokéStops em Pokémon Go .
Os dados serão usados em um novo recurso do jogo chamado de “Reality Blending”, que permitirá que os Pokémons interajam de forma mais realista com o ambiente, se escondendo atrás de uma árvore ou subindo em um banco de parque, por exemplo.
Leia também: Razer lança fone de ouvido inspirado em Pokémon; confira
Os primeiros a receber o recurso, também em junho, serão os jogadores com aparelhos como o Samsung Galaxy S9, Samsung Galaxy S10, Google Pixel 3 e Google Pixel 4, também gradualmente e de acordo com seu nível de jogo.
“Usando imagens em 2D de pontos de interesse para criar um mapa 3D dinâmico do mundo podemos desencadear a evolução do mapeamento, de usos tradicionalmente orientados ao trânsito (ruas e calçadas) para informações de localização mais significativas e valiosas, baseadas nos interesses das pessoas. Quando os membros da comunidade escolhem os pontos de interesse que são importantes para eles, podemos usar essas informações para criar um novo mapa digital do mundo”, afirma a empresa.
Os novos recursos parecem ser fruto da aquisição da 6D.ai pela Niantic , dois meses atrás. A startup afirmava estar desenvolvendo tecnologia para criar, via crowdsourcing, um mapa 3D do mundo real.