O Facebook
críticou a nova política de privacidade instituída no iOS 14
, mais recente versão do sistema operacional da Apple
que equipa iPhones
e iPads
. A atualização da Maçã restringe o potencial de rastreamento dos usuários por ferramentas de anúncios digitais, como o Facebook Ads.
Em posts publicados no blog oficial da rede social
na quarta-feira (26), a empresa explica como "está preparando seus parceiros para o iOS 14", em clara preocupação quanto a efetividade de seus serviços de publicidade digital.
Em resumo, a nova atualização desenvolvida pela Apple restringe a capacidade de rastreamento dos usuários por parte de plataformas veiculadoras de anúncios. A ferramenta de identificação dos anunciantes (IDFA), anteriormente livre para acesso por parte dos desenvolvedores, agora necessitará de autorização explícita do usuário para ser utilizada.
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Anúncios prejudicados
Para o Facebook , este novo processo se torna um gargalo no sistema de anúncios digitais da rede. Assim, a nova política afetaria não a plataforma, mas sim seus parceiros anunciantes.
"Esperamos que essas mudanças afetem desproporcionalmente a Audience Network, devido à sua grande dependência da publicidade de aplicativos. Como todas as redes de anúncios no iOS 14 , a capacidade do anunciante de segmentar e medir com precisão suas campanhas na Audience Network será afetada e, como resultado, os editores devem esperar que sua capacidade de monetizar efetivamente na Audience Network diminua", comunicou a rede em seu blog oficial.
Por fim, a plataforma comenta que tal decisão pode, inclusive, afetar o ato de prover suporte de anúncios para o sistema móvel. "Em última análise, apesar de nossos melhores esforços, as atualizações da Apple podem tornar a Audience Network tão ineficaz no iOS 14 que pode não fazer sentido oferecê-la no iOS 14. Esperamos menos impacto em nosso próprio negócio de publicidade e estamos comprometidos em apoiar os anunciantes e editores por meio dessas atualizações".
Privacidade dos usuários
Nos últimos anos, cresce a preocupação das grandes empresas de tecnologia quanto a privacidade dos usuários. Boa parte desta demanda ocorreu pela ação ativa de estados nacionais, principalmente na União Europeia, exigindo maior proteção aos dados gerados pela população.
No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados , por exemplo, vem na esteira deste movimento. O acesso aos dados de usuários por parte de anunciantes, empresas e outros entes interessados se torna mais restrito, colocando a decisão de compartilhá-los na mão de cada indivíduo.