Os usuários de mochilas
sabem que uma grande quantidade de peso pode atrapalhar bastante uma caminhada
. Isso acontece pois aumentamos a quantidade de carga a ser sustentada por nosso corpo, o que, por sua vez, eleva o consumo de energia
.
Um grupo de pesquisadores chineses, no entanto, quer dar uma nova solução para este problema. Eles desenvolveram uma mochila com um sistema elétrico
de alívio do peso. Ela compensa a força inercial da carga, que é imposta contra o corpo de quem caminha. Assim, reduz-se o trabalho extra que é exercido ao caminharmos com um peso nas costas.
A mochila possui dois modos diferentes de operação. O primeiro é passivo, composto por duas cordas elásticas paralelas, que equilibram a distribuição de peso colocado dentro da bagagem. Este modo, por si só, já reduz a força inercial dos objetos, dando a sensação de alívio a quem usa.
Você viu?
Liga o motor!
O modo ativo, no entanto, é o mais completo. Com um motor elétrico ligado, ela realiza uma regulação interna da força dos objetos, criando uma compensação que gera menos desgaste ao mochileiro. A mochila pesa 5,3 kg, com uma capacidade de sustentação de até 30 kg.
De acordo com os resultados apresentados pelos estudiosos, a aceleração da carga é reduzida em cerca de 98,5%, em média. Isto se converte numa redução de 8 a 11% do gasto metabólico de quem a utiliza, dependendo do modo utilizado (passivo ou ativo).
Respiração e batimentos cardíacos
Os pesquisadores testaram os resultados de eficiência da mochila em sete indivíduos de estaturas e pesos semelhantes, utilizando de instrumentos para medição de estresse em músculos de sustentação do corpo, bem como na variação da respiração e dos batimentos cardíacos.
O professor Caihua Xiong, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, envolvido diretamente no estudo, explica que ao longo da história, diversas civilizações tentaram encontrar meios de locomoção de cargas que compensassem o peso, utilizando-se de ferramentas mecânicas no processo.
"Os asiáticos utilizavam varas flexíveis de bambu para transportar mercadorias volumosas, e os romanos projetavam mochilas suspensas para transportar cargas pesadas, o que mostra benefícios energéticos. Essas ferramentas de transporte passivo projetadas têm o mesmo princípio [que a nossa]", afirmou.