O Twitter
declarou nesta segunda-feira (11) que baniu indefinidamente mais de 70 mil contas relacionadas ao movimento de extrema-direita QAnon
. Segundo informações divulgadas no blog da rede social, a suspensão, que teve início na sexta-feira passada (8), visa impedir o uso da plataforma para incitar a violência.
“Devido aos eventos violentos em Washington D.C. e ao aumento do risco de danos, começamos a suspender permanentemente milhares de contas que eram principalmente dedicadas ao compartilhamento de conteúdo QAnon”, diz o post.
Movimento extremista QAnon
O movimento extremista QAnon é conhecido por propagar teorias da conspiração nos EUA. Um exemplo, é a ideia de que Donald Trump estaria “combatendo uma seita global de pedófilos satânicos em uma guerra secreta”.
A medida do Twitter também pretende evitar a disseminação de novos planos de protestos violentos. Informações internas do FBI dão conta que o Capitólio, invadido no início de janeiro , e outras instalações do governo, podem ser alvos de outros ataques até a próxima quarta-feira (20), dia da posse do presidente eleito Joe Biden. O órgão também identificou ameaças à vice-presidente, Kamala Harris.
Conta de Trump segue suspensa no Twitter
Vale lembrar que na última sexta-feira (8), o Twitter suspendeu de forma definitiva a conta oficial de Donald Trump (‘realDonaldTrump’). A justificativa foi o “risco de mais incitação à violência”. De acordo com as informações do Bloomberg , a decisão teria promovido uma queda de 7% no valor das ações do microblog.
Com quase 90 milhões de seguidores, o Twitter era uma das plataformas preferidas de Trump para difundir teorias infundadas, a última delas de que a votação nos EUA teria sido fraudada. O Facebook
e o Instagram
também suspenderam as contas do presidente na última quinta-feira
(7).
Por fim, a postagem oficial do Twitter também aborda outras medidas para limitar a disseminação de conteúdo violento na rede social, incluindo impossibilitar a interação com qualquer tuíte “marcado como violações da política de integridade cívica”.