O dfndr lab, laboratório de segurança digital
da PSafe, revela que mais de 5 milhões de brasileiros foram vítimas de clonagem de WhatsApp
em 2020. Somente em setembro, foram 500 mil casos
. Confira como o golpe acontece e algumas dicas para se proteger dele.
Entre os Estados mais afetados, São Paulo está na frente com quase 72 mil atacados. O Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar, com 39,5 mil usuários clonados, e Minas Gerais vem em terceiro, com 28,7 mil atingidos.
Formas de atrair as vítimas
O diretor do dfndr lab, Emilio Simoni, explica que o golpe começa antes de o cibercriminoso ter acesso ao WhatsApp da vítima. “Temos identificado diversos perfis falsos nas redes sociais. Muitos, inclusive, se passam por empresas na tentativa de ganhar a confiança das pessoas".
Nos perfis falsos, os golpistas tentam simular o visual e a linguagem utilizados pela marca original. “É normal que os criminosos entrem em contato pelos chats das redes sociais. Lá, se passam pelo suporte de empresas ou inventam falsas promoções e pesquisas. Com isso, conseguem as informações necessárias para aplicar o golpe".
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Por isso, Simoni recomenda prestar muita atenção sempre que o perfil de uma marca entrar em contato pelas redes sociais . “Evite passar seu número de celular ou códigos recebidos no celular em abordagens desse tipo”, recomenda.
Como a clonagem acontece?
Em um primeiro contato, o golpista tenta convencer a vítima a passar seu código de autorização. Com ele, é possível ter acesso ao WhatsApp . Quando entra na conta da vítima, é comum que passe algum tempo estudando as mensagens antes de começar a se comunicar com os contatos.
Em seguida, o criminoso inicia conversas para solicitar favores financeiros. No vídeo a seguir, do canal dfndr Brasil, é possível conferir como o golpe acontece.
E esse não é o único risco desse golpe. “Ao ter acesso à conta da vítima, o golpista pode ler tudo que ela compartilhou ou recebeu. Isso inclui dados pessoais, informações sigilosas da empresa em que trabalha, fotos e documentos".
Simoni explica que ter acesso a esse tipo de conteúdo “abre um leque de opções para que os cibercriminosos façam chantagem e apliquem outros golpes com os dados da vítima”.
Como se proteger?
O diretor da dfndr lab recomenda alguns cuidados para quem quer evitar ser vítima desse tipo de golpe . Acompanhe:
- Instale um aplicativo de segurança capaz de identificar tentativas de clonagem de WhatsApp no seu smartphone .
- Utilize a autenticação em dois fatores do mensageiro. Esse recurso cria uma barreira de segurança para manter os cibercriminosos longes da conta.
- Fique atento à presença do selo de verificação oficial nos perfis de marcas famosas nas mídias sociais .
- Nunca informe seus dados pessoais ou códigos recebidos em seu celular a terceiros.
- Evite deixar o celular desbloqueado perto de desconhecidos. Isso permite que alguém se conecte à sua conta pelo WhatsApp Web .