Após uma série de negociações , o Facebook e o governo da Austrália chegaram a um acordo e as páginas de notícias na rede social voltaram ao ar no país. Com a resolução, a rede social de Mark Zuckerberg voltou a ter permissão para publicar notícias no país sem a necessidade de um processo de arbitragem governamental.
“Após mais discussões com o governo australiano, chegamos a um acordo que nos permitirá apoiar os editores que escolhermos, incluindo pequenos editores locais”, disse o chefe de parcerias de notícias do Facebook, Campbell Brown, em um comunicado.
“Daqui para frente, o governo esclareceu que manteremos a capacidade de decidir se as notícias aparecem no Facebook para que não fiquemos automaticamente sujeitos a uma negociação forçada”, completou o executivo.
Nova legislação visa remunerar editores de notícias
Facebook, governo australiano e o setor de mídia, representado pelo magnata Rupert Murdoch, vêm negociando há meses os termos do novo código de negociação da mídia de notícias, que exige que as gigantes da tecnologia como Google e Facebook paguem aos editores por seu conteúdo.
Entre as emendas propostas, está a adoção de um período de dois meses na lei para mediação, visando dar aos editores de notícias e às plataformas de tecnologia um tempo maior para negociar acordos. Depois disso, editores e sites precisarão entrar em arbitragem governamental vinculativa.
O Facebook argumenta que a lei é desnecessária, já que os editores recebem um alto valor na forma de receita gerada pelos cliques em seus sites.
Teste para o resto do mundo
O projeto para remuneração de editores de notícias é encarado como uma espécie de teste para projetos de lei parecidos que devem ser propostos ao redor do mundo. O resultado pode indicar um caminho a ser seguido para a regulamentação da indústria da mídia dentro das redes sociais .
Para mostrar sua insatisfação, o Facebook resolveu varrer as páginas de notícias da plataforma
, uma medida vista como arbitrária por representantes de potências mundiais como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Canadá, que chamaram o Facebook
de “valentão”.
Em contrapartida, o Google , que ameaçou tirar seu serviço de busca do país, buscou um caminho mais conciliador e fechou acordos com as maiores editoras de notícias do país e vai pagar pelo conteúdo para evitar os aspectos mais rígidos da nova legislação.