Esta segunda-feira (3) não foi um dia qualquer para a Apple
. Isso porque a data marcou o início de um novo processo antitruste contra a gigante de Tim Cook
. Desta vez, o pivô da ação foi a Epic Games
, desenvolvedora do game Fornite
— considerado o jogo mais popular do mundo —, que busca reverter as comissões cobradas pela gigante da maçã em todas as transações feitas em aplicativos da App Store
.
Antes de entender o impasse, é preciso conhecer o funcionamento do Fornite. Apesar de gratuito, o game lucra por meio dos pagamentos pelo aplicativo para recursos extras. Os jogadores podem pagar para obter novos personagens, skins, movimentos de dança e outros acessórios.
E isso tem dado muito dinheiro para a Epic Games . Em apenas dois anos que o Fortnite ficou disponível na loja da Apple , o game conseguiu captar US$ 700 milhões em receita para a desenvolvedora. O problema é que 30% das transações feitas em aplicativos alocados na App Store vão para a gigante da maçã.
Por achar que a comissão cobrada pela Apple é abusiva, a Epic Games tentou “driblar” a taxa de 30% e implementou um sistema de pagamento próprio no Fortnite. Naturalmente, a Apple não concordou com a medida e removeu o jogo de sua loja de aplicativos. E foi aí que a batalha, efetivamente, começou.
No processo iniciado nesta semana, a Epic Games acusa a Apple de violar a lei antitruste por causa da comissão cobrada pela fabricante de iPhones
. O problema é que a Apple afirma não ser capaz de quantificar os lucros de sua loja de aplicativos separadamente.
O processo deve ser longo, e as consequências são mais graves para a Apple . A medida pode ser seguida por diversos outros aplicativos, o que certamente vai impactar nas receitas captadas pela App Store . A Epic Games não terá muito o que perder, já que o Fornite segue como “febre” mesmo sem estar disponível na loja de apps da gigante da maçã.