A Apple
entrou na mira do Bundeskartellamt (Escritório Federal de Cartéis, em tradução), órgão responsável por regular a concorrência da Alemanha
. A instituição iniciou um processo para investigar a gigante da TI por "comportamento anticoncorrencial" na App Store
, loja de aplicativos
da marca.
Em nota oficial, o órgão alemão afirmou que vai "examinar se, com o sistema operacional proprietário iOS, a Apple criou um ecossistema digital em torno do iPhone que se estende por vários mercados".
"A Apple produz tablets, computadores e vestíveis, e fornece uma série de serviços relacionados a dispositivos. Além de fabricar vários produtos de hardware, a empresa de tecnologia também oferece [os serviços] App Store, iCloud, AppleCare, Apple Music, Apple Arcade, Apple TV+, bem como outros serviços como parte do negócio", continua a nota.
O Bundeskartellamt pretende investigar a integração da Apple nesses diversos mercados e entender se a App Store permite que a empresa influencie de diversas maneiras o negócio de terceiros. Além disso, o órgão também investigará compras internas de aplicativos pela Apple, além da cobrança de 30% sobre todas as vendas feitas por aplicativos hospedados na App Store.
As denúncias contra a Apple
começaram a surgir em abril deste ano, quando nove associações que representam companhias, incluindo o Facebook
e a editora Axel Springer – uma das maiores editoras da Europa e responsável por um dos principais jornais da Alemanha, o Die Welt -, abriram uma reclamação
antitruste
, alegando quer a App Tracking Transparency (Transparência do Rastreamento de Apps, na tradução)
poderia afetar os resultados financeiros dos negócios.