A Xiaomi anunciou nesta quarta-feira (1) a criação de uma divisão de carros elétricos, chamada de Xiaomi EV Inc. A nova companhia já se encontra em "fase substancial de desenvolvimento" e está sendo liderada pelo cofundador e CEO da Xiaomi, Lei Jun.
A Xiaomi EV conta com 300 funcionários e um investimento inicial de 10 bilhões de yuans (em torno de R$ 8 bilhões em conversão direta). Para compor o time, foram conduzidas mais de 2 mil entrevistas, além de "uma quantidade expressiva" de pesquisas com usuários nos últimos cinco meses.
A Xiaomi também afirmou que visitou parceiros comerciais enquanto "avançava com a definição do produto e a formação da equipe". Até o momento, a companhia não divulgou nenhum carro ou protótipo em andamento.
Nova empresa terá investimento de mais de US$ 10 bi nos próximos dez anos
Pode causar surpresa, mas a Xiaomi já lançou seu primeiro carro (a gasolina) em 2019. A novidade é entrar no ramo dos elétricos.
Isso a empresa já acenava desde março. À época, Lei Jun declarou, em entrevista à Bloomberg, que preparava um investimento inicial de 10 bilhões de yuans para criar a divisão de EVs. Além disso, o executivo afirmou que a empresa de smartphones vai injetar mais de US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 51,6 bilhões) na nova companhia nos próximos dez anos.
Na semana passada, a Xiaomi anunciou a aquisição da Deepmotion,
uma startup de tecnologia para carros autônomos, num esforço de "melhorar a competitivade tecnológica" da sua empreitada automotiva. A empresa chinesa também teria entrado em negociação para comprar participação na divisão automotiva do grupo chinês Evergrande — 65% das instalações estariam em jogo, um fato que foi negado pela companhia.
As vendas da Xiaomi tiveram um crescimento acima da média no segundo trimestre de 2021. De acordo com novo relatório, o aumento de lucro no período foi de 84,4% em relação a 2020. Neste período, a empresa afirma ter vendido mais de 52,9 milhões de smartphones.