Parece que o Parler
encontrou outro servidor para se hospedar online depois de ser banido pelo Amazon Web Services
. A rede social, muito utilizada pela extrema direita, reapareceu online no domingo (17), com umas mensagem do CEO John Matze: "Olá, mundo, isso está ligado?".
O novo domínio do Parler está registrado na empresa Epik, de acordo com uma pesquisa WHOIS. Ainda não está claro, porém, qual companhia hospeda o novo site da rede social.
Em nota enviada à CNN, Robert Davis, porta-voz do Epik, disse que não fornece a hospedagem na web para a rede social . De acordo com ele, o Epik "denuncia ativamente qualquer atividade utilizada para criar sofrimento aos outros com base na cor da pele, etnia, origem ou sistema de crenças".
O Parler foi removido dos servidores da Amazon no domingo passado (10) por conter discursos violentos que poderiam ter influenciado a invasão ao Capitólio nos EUA na semana anterior.
"Recentemente, vimos um aumento constante desse conteúdo violento em seu site, o que viola nossos termos. Não podemos fornecer serviços a um cliente que é incapaz de identificar e remover de forma eficaz o conteúdo que incentiva ou incita a violência contra outras pessoas", disse a Amazon na ocasião. Desde então, o Parler vinha procurando outra empresa para hospedar seu site, mas muitas se recusaram.
Agora, com um site no ar, parece que a rede social conseguiu alguma companhia para se hospedar. Por enquanto, a plataforma não foi reconstruída e, além da mensagem do CEO, o site também traz um recado para amantes e odiadores do Parler.
"Agora parece ser o momento certo para lembrar a todos vocês — 'lovers' e 'haters' (algo como amantes e odiadores) — por que começamos esta plataforma. Acreditamos que a privacidade é fundamental e a liberdade de expressão, essencial, especialmente nas redes sociais. Nosso objetivo sempre foi fornecer uma praça pública apartidária onde os indivíduos pudessem desfrutar e exercer seus direitos. Resolveremos qualquer desafio diante de nós e planejamos acolher todos vocês de volta em breve. Não vamos deixar o discurso civil perecer!", diz a mensagem.