Instagram foi uma das redes sociais que baniu Donald Trump
Unsplash/Luke van Zyl
Instagram foi uma das redes sociais que baniu Donald Trump

Adam Mosseri, chefe do Instagram , afirmou que ter o presidente Donald Trump banido das redes sociais é uma má notícia para todos. Em entrevista ao podcast Decoder, do portal The Verge, ele diz concordar com a decisão do banimento, mas expressou que são tempos difíceis no que diz respeito às recorrentes falhas em tentar moderar os conteúdos que circulam online.

Mosseri afirmou que o massivo banimento de Trump das redes "vai trazer uma imensa análise sobre toda a indústria [de tecnologia]". "Acho que vai ser muito doloroso para todos nós. Além disso, acho que é um dia sombrio quando as empresas de mídia social precisam cancelar as contas do presidente. São apenas más notícias para todos, honestamente", afirmou.

Quando perguntado se ele estava no momento da decisão de banir o presidente, Mosseri desviou da pergunta dizendo que o importante é que ele concorda com o que foi definido por Facebook e Instagram . "Estou muito preocupado com isso, não estou feliz com isso, mas definitivamente concordo com isso", afirmou.

O chefe do Instagram ainda comentou sobre as dificuldades de moderar conteúdo em uma plataforma usada por mais de um bilhão de pessoas. Mosseri afirmou que a conta de Trump não deve ser devolvida, e que esse nem é o foco do Instagram ou do Facebook no momento. Os esforços estão na posse de Joe Biden , que acontecerá nesta quarta-feira (20).

"Não temos planos de restabelecer sua conta em qualquer uma das plataformas, mas, para ser honesto, estamos menos focados em uma conta específica e mais focados em garantir que façamos tudo o que pudermos para evitar que nossas plataformas sejam usadas para coordenação violência na inauguração dentro de alguns dias. Houve um violento ataque da multidão no Capitólio na semana passada. Portanto, estamos muito focados em fazer tudo que podemos, mudando nossas políticas, atualizando nossa aplicação, criando produtos e apenas tentando reduzir a probabilidade de que algo esteja acontecendo em nossa plataforma. Esse é o foco principal. Assim que passarmos as próximas semanas ou duas, acho que podemos voltar e falar sobre a conta do presidente, mas não temos planos agora para reintegrá-lo", afirmou.

Apesar de dizer que ser chefe de uma rede social e moderar conteúdo envolve "muita responsabilidade" e que ele "não quer fugir disso", Mosseri admite que gostaria que os governos estabelecessem regras para as redes sociais seguirem, definindo quais tipos de discurso devem ser proibidos.

"Mark [Zuckerberg, CEO do Facebook] e eu gostaríamos de transferir mais decisões de nós para governos reais. Decisões como o que pode ou não estar em nossa plataforma. Portanto, escolha um assunto: incitar a violência, incitação ao ódio, etc. Seria ótimo se muitas dessas coisas fossem cobertas por padrões amplos que foram acordados e definidos por, não todos os governos e todos os países ao redor do mundo, mas pelo menos alguns para organizações. Isso faria mais sentido de várias maneiras", sugeriu.

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