A decisão de banir Donald Trump
teve impacto significativo nas redes sociais. Uma semana após o presidente dos Estados Unidos ser bloqueado do Twitter
, houve queda de 73% em posts com desinformação sobre a eleição americana. É o que aponta a Zignal Labs, que analisou alegações de fraude na disputa eleitoral, algo negado pela Justiça do país.
A redução de posts com fake news sobre a eleição americana ocorreu de 9 e 15 de janeiro, na comparação com a semana anterior. Após Trump ser banido do Twitter em 8 de janeiro, as conversas sobre uma suposta fraude eleitoral em redes sociais despencaram. A Zignal Labs diz que as menções ao tema em várias plataformas caíram de 2,5 milhões de posts para 688 mil posts.
O movimento acontece depois de Trump e seus apoiadores serem bloqueados em várias plataformas. O Twitter removeu 70 mil contas que promoviam a teoria da conspiração QAnon . O republicano ainda foi suspenso por tempo indeterminado de Facebook e Instagram , e teve medidas desfavoráveis em outras plataformas.
Ainda de acordo com o levantamento, houve queda de 95% em posts com a #FightforTrump e de mais de 95% em posts com #HoldTheLine ou “March for Trump”, considerando várias plataformas. Já os tweets com termos como “voter fraud”, “stop the steal”, “illegal votes” e “shredded ballots” registraram quedas entre 67% e 99%.
Os posts com expressões relacionadas à teoria QAnon caíram, mas houve alta de 15% em menções a “Q” e “QAnon”. A Zignal Labs acredita que o crescimento aconteceu devido às publicações que comentavam sobre a participação dos apoiadores dessa teoria na invasão ao Capitólio dos EUA .
Trump promoveu desinformação sobre eleição
A Zignal Labs afirma que uma rede formada por Trump , influenciadores e outros seguidores conhecidos contribuiu para eleitores comuns realizarem acusações sem provas de fraude na eleição americana. A desinformação levou à invasão ao Capitólio no dia da certificação da vitória de Biden . O ato resultou em cinco mortes.
Depois do bloqueio de Trump
e vários de seus apoiadores no Twitter
e em outras plataformas, ainda há incertezas sobre como esta rede de fake news atuará. No entanto, parece cada vez mais claro que as plataformas têm ferramentas para evitar a desinformação com mais antecedência.