Uma menina italiana de 10 anos faleceu na última quarta-feira (20), em Palermo, na Sicília, depois de participar de um desafio no aplicativo de vídeos curtos TikTok
. A notícia foi veiculada na imprensa italiana nesta sexta-feira (22).
De acordo com o jornal La Repubblica, Antonella entrou no banheiro dizendo aos pais que iria tomar banho. Na verdade, a menina gravava um vídeo para o "desafio do apagão" do TikTok.
Nele, jovens e crianças interrompem a respiração até desmaiarem e, com isso, experimentarem fortes sensações. No caso de Antonella, a consequência foi a morte.
Quem a encontrou no banheiro caída e com um cinto em volta do pescoço foi sua irmã mais nova, de cinco anos. A outra irmã, de nove anos, logo disse aos país que Antonella deveria estar participando do desafio.
A italiana foi levada ao hospital com vida, mas não resistiu. "Minha filha, minha Antonella morreu por causa de um jogo radical no TikTok . Como posso aceitar? Explique-me", disse o pai da menina, Angelo Sicomero, ao La Repubblica.
A notícia chocou toda a Itália e, na vizinhança do ocorrido, os pais de outras crianças já falam em retirar o TikTok de seus celulares . A família de Antonella sequer imaginava que a filha poderia participar de um desafio como esse.
"Não sabíamos nada sobre isso. Eu não sabia que ele estava jogando este jogo. Eu sabia que Antonella estava no TikTok para as danças, para ver os vídeos. Mas como eu poderia imaginar que essa atrocidade estava por trás disso?", lamentou Angelo.
A polícia local confiscou o celular da menina e abriu uma investigação. A ideia é entender se Antonella apenas participou do desafio ou se foi encorajada por outra pessoa online.
Em nota, o TikTok disse que "a segurança da comunidade é prioridade máxima", e que a rede social está "à disposição das autoridades competentes para colaborar em toda a investigação".
A ministra da Inovação local, Paola Pisano, disse que nenhuma criança deve usar as redes sociais
antes de ter a idade mínima para tal - no caso do TikTok
, 13 anos. "O mundo da internet deve ser um espaço de liberdade. Mas não a liberdade de permitir que os mais fracos, como menores, sejam prejudicados, gerando sofrimento e permitindo injustiças graves e, em muitos casos, irreversíveis", afirmou.