O aplicativo Clubhouse
admitiu, neste domingo (21), que um usuário conseguiu transmitir feeds de áudio de várias salas da rede social para um site terceiro. A informação levantou preocupações a respeito da privacidade
e do compartilhamento de dados na plataforma.
Em comunicado enviado à Bloomberg, a porta-voz do Clubhouse Reema Bahnasy disse que o usuário que fez isso está permanentemente banido. Além disso, ela afirmou que a rede social instalou proteções para impedir que isso volte a acontecer. Especialistas em cibersegurança , porém, opinam que uma promessa como essa não pode ser feita.
O Stanford Internet Observatory (SIO), que foi o primeiro órgão a levantar possíveis falhas de segurança do Clubhouse , é um dos que acredita nisso. “O Clubhouse não pode oferecer nenhuma promessa de privacidade para conversas realizadas em qualquer lugar do mundo”, disse Alex Stamos, diretor da SIO e ex-chefe de segurança do Facebook, à Bloomberg.
A equipe do SIO também aponta que o Clubhouse depende da startup Agora , baseada em Xangai, em sua operação. A empresa é responsável por processar o tráfego de dados e a produção de áudio, por exemplo.
Essa dependência gera preocupações de segurança
, sobretudo para usuários chineses
, já que a startup pode ter obrigações legais com o governo chinês. À Bloomberg, a Agora disse que não "armazena ou compartilha informações pessoalmente identificáveis" de nenhum de seus clientes, o que inclui o Clubhouse
. "Estamos comprometidos em tornar nossos produtos o mais seguros possível", declarou a startup.