A Virgin Galactic, empresa espacial do bilionário Richard Branson,
não poderá realizar voos espaciais, determinou a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) na quinta-feira (2).
Quando levou Branson ao espaço, em julho, a nave da Virgin Galactic fez um desvio no trajeto previamente planejado. Agora, a FAA investiga o motivo da mudança e, enquanto a investigação não for concluída, a empresa está proibida de fazer novos voos espaciais.
"Durante o voo de 11 de julho de 2021, a aeronave da Virgin Galactic SpaceShipTwo se desviou de sua autorização de controle de tráfego aéreo enquanto retornava ao Spaceport America. A Virgin Galactic não poderá voltar a voar o SpaceShipTwo até que a FAA aprove o relatório final de investigação sobre o desvio ou determine que o problema não afeta a segurança pública", informou o órgão, segundo a agência de notícias AFP.
A decisão da FAA foi tomada depois de uma reportagem na revista The New Yorker, que mostrou o desvio. Fora do plano de voo, alertas de segurança foram acionados na cabine da nave através de uma luz vermelha, o que seria um motivo para abortar a missão.
O problema aconteceu na volta da nave para o solo e, de acordo com a reportagem, a luz vermelha indicou um problema que poderia ter consequências fatais. Ao invés de abortar a missão, porém, os pilotos decidiram continuar e o pouso foi finalizado sem problemas.
Em comunicado à AFP, a Virgin Galactic disse que contesta "as descrições e conclusões do artigo da New Yorker". "Quando o veículo foi confrontado com ventos de grande altitude, que alteraram a trajetória, os pilotos e sistemas monitoraram a trajetória para garantir que ficasse dentro dos parâmetros da missão", detalhou a empresa. Nossos pilotos responderam apropriadamente a essas mudanças nas condições de voo. Embora a trajetória final tenha se desviado do nosso plano original, foi intencional e controlado", disse a empresa.