Compras de Natal são usadas de isca por hackers
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Compras de Natal são usadas de isca por hackers

Assim como a Black Friday , o período que antecede o Natal costuma ser marcado por golpes digitais, já que os cibercriminosos se aproveitam do aumento das compras online. De acordo com Denis Riviello, head de cibersegurança da Compugraf, a tendência é que ocorra um aumento de 30% em ciberataques nesta reta final de 2021, com base no que aconteceu nos anos anteriores.

Segundo especialistas,  phishing  e ransomware devem ser os ataques mais comuns neste final de ano. Para os usuários, o phishing é a maior preocupação: neste golpe, os hackers criam iscas para que as vítimas compartilhem dados pessoais ou sejam atacadas com vírus.

Caio Telles, CEO da BugHunt, explica que é muito comum que sites falsos sejam criados para se passarem por lojas reais. "Os cibercriminosos sobem clones de websites famosos, ou até mesmo websites novos como se fossem lojas online verídicas, mas com o objetivo apenas de aplicar golpes, seja roubando informações pessoais e financeiras, como também recebendo valores e não enviando os produtos supostamente adquirido", alerta.

Para Riviello, porém, a preocupação não deve ficar apenas do lado do consumidor. "Quanto maior a procura no universo virtual, maior o número de fraudes e ataques, por isso, a preocupação com a segurança no meio digital deve ser redobrada para os dois lados: consumidores e varejistas", afirma. "Toda e qualquer categoria de empresa, principalmente de comércio eletrônico, pode ser vítima. Ninguém está a salvo", completa.

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Para os usuários, é sempre importante ficar atento a promoções que parecem boas demais e não fornecer dados pessoais sem ter certeza de que um site é real e confiável. Confira algumas dicas:

  1. Não clique em links recebidos pelas redes sociais, e-mail ou WhatsApp. É sempre melhor ir até o site oficial de determinada loja do que clicar em promoções recebidas;
  2. Desconfie de promoções boas demais para serem verdade - em grande parte dos casos, elas de fato são mentira;
  3. Confira se o site em que você está comprando é realmente o da loja que ele diz ser. Para isso, confira todos os caracteres da URL - golpistas costumam trocar algumas letras, como um 'L' minúsculo por um 'i' maiúsculo para confundir as vítimas. Também verifique se o site começa com 'HTTPS', que é o protocolo mais seguro;
  4. Cuidado com seus dados. Passe suas informações pessoais e bancárias apenas a sites que tiver certeza da confiabilidade;
  5. Se for comprar em algum market place, não realize pagamentos "por fora". Pagando pelas opções da plataforma, você tem mais direitos em caso de golpes;
  6. Procure pela reputação da loja para realizar uma nova compra. Sites como o Reclame Aqui e as próprias redes sociais podem ajudar;
  7. Prefira pagar com cartão de crédito. Se for pagar com boleto ou Pix, verifique todos os dados antes de concluir a transação. Golpistas podem gerar QR Codes de Pix com valores mais altos, por exemplo;
  8. Mantenha um bom antivírus atualizado no dispositivo que for utillizar para realizar as compras, seja computador, celular ou tablet - veja boas opções gratuitas aqui .

Já para as empresas, os especialistas recomendam ter selos de segurança, preparar a infraestrutura corretamente e ter uma equipe de tecnologia da informação alocada na companhia durante os dias de maior demanda nas compras. "Por conta do alto volume de vendas, é essencial ter uma equipe de prontidão para solucionar eventuais problemas na operação. Essa agilidade impacta diretamente na satisfação do comprador, que tende a não esperar muito pela solução do problema", orienta Fábio Freire, CEO da FindUP.

"Além disso, as marcas devem observar e monitorar se algum indivíduo malicioso está tentando utilizar seu nome ou um nome parecido na internet", orienta Telles.

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