Grupos globais de direitos humanos, como a Anistia Internacional, têm demonstrado preocupação com a compra do Twitter pelo bilionário Elon Musk
. Com discurso a respeito da liberdade, o homem mais rico do mundo pode fazer com que a circulação de discurso de ódio cresça na plataforma.
A Anistia Internacional se diz preocupada com a possibilidade da diminuição de moderação de discurso de ódio online. "A última coisa que precisamos é de um Twitter que voluntariamente feche os olhos para discursos violentos e abusivos contra usuários, particularmente aqueles mais afetados desproporcionalmente, como mulheres, pessoas não-binárias e outros", disse, à Reuters, Michael Kleinman, diretor de tecnologia e direitos humanos da Anistia Internacional nos Estados Unidos.
Também à Reuters, a Human Rights Watch alertou que o Twitter tem "responsabilidades de direitos humanos para respeitar os direitos das pessoas ao redor do mundo que confiam na plataforma".
"Mudanças em suas políticas, recursos e algoritmos, grandes e pequenas, podem ter impactos desproporcionais e às vezes devastadores, incluindo violência off-line. A liberdade de expressão não é um direito absoluto. Então o Twitter deve investir em esforços para manter seus usuários mais vulneráveis seguros na plataforma", disse, à Reuters, Deborah Brown, pesquisadora e defensora da Human Rights Watch.
Anthony Romero, diretor executivo da União Americana pelas Liberdades Civis, disse à Reuters que, embora Musk seja membro da entidade, "é muito perigoso ter tanto poder nas mãos de um único indivíduo".