A partir desta terça-feira (16), mais três capitais - Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Salvador (BA) - têm a ativação do 5G puro liberada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Com essas cidades, já são oito no país a contar com a nova geração de telefonia, após São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa.
Curitiba estreará a tecnologia com 316 antenas; Salvador com 139 estações rádio-base; e Goiânia com 100 antenas. De acordo com o cronograma inicial estabelecido pela Anatel, as operadoras devem colocar pelo menos uma estação para cada 100 mil habitantes.
Até o final de setembro, as cidades de Florianópolis (SC), Palmas (TO), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES) estarão aptas a receber o 5G , segundo a Anatel.
Já para as demais 15 capitais, o prazo máximo de ativação comercial foi prorrogado em 60 dias, ou seja, até 27 de novembro, por uma questão de "cautela e prudência", de acordo com a Anatel. Porém, nada impede que nessas capitais o sinal seja liberado antes de novembro, caso o trabalho de instalação de antenas e filtros avance.
A decisão de adiar o prazo máximo de entrada em operação do 5G foi tomada em reunião do Gaispi, grupo criado pela Anatel para cuidar da implantação da internet 5G na faixa de 3,5 gigahertz, que oferece maior velocidade, estabilidade e menor tempo de latência (resposta).
Essa faixa, porém, também é usada por antenas parabólicas e serviços de satélite. Para evitar interferência, as antenas estão sendo trocadas e também estão sendo aplicados filtros em alguns casos. Esses equipamentos, porém, atrasaram, o que fez a implementação do 5G também atrasar.
O prazo para a conexão estar disponível em todos os municípios brasileiros com mais 30 mil habitantes é só em 2029.
Como é o processo de ativação do 5G
Para ativar o 5G, as operadoras precisam instalar as antenas compatíveis com a tecnologia e filtros para evitar interferências com outras faixas de frequência. Também precisam iniciar a distribuição de kits de recepção do novo sinal das TVs parabólicas à população de baixa renda, que tem direito ao serviço.
Após concluírem a instalação de antenas e filtros, as operadoras comunicam o Gaispi, grupo criado pela Anatel para tratar da implantação do 5G. Na sequência, são feitos testes e, se não for verificado problema, o sinal é liberado.
Pelo edital do leilão do 5G, realizado em novembro do ano passado, todas as capitais do país deveriam contar com a tecnologia até o fim de setembro. Inicialmente, o prazo era até 31 de julho, mas, devido a dificuldades logísticas para importação de equipamentos, foi estendido em 60 dias. O prazo final foi novamente estendido em 60 dias para 27 de novembro.
Para ter acesso ao 5G, é preciso comprar um smartphone habilitado ao 5G. A quinta geração permite velocidade até cem vezes maior que a atual rede 4G e vai impulsionar a implantação de objetos conectados nas indústrias e dar fôlego a carros conectados, por exemplo.
Nas demais cidades brasileiras, o símbolo 5G que aparece nos telefones não é o 5G puro. É uma espécie de 4G "fingindo ser 5G" .