O TikTok vem sendo considerado uma ameaça em partes por estar em meio a uma tensão entre Estados Unidos e China , mas também por representar um risco para o Facebook e o Instagram , podendo roubar usuários das duas redes sociais e prejudicar os negócios da empresa.
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Para garantir que isso não aconteça, o Facebook começou a recrutar alguns dos principais produtores de conteúdo do TikTok com "ofertas lucrativas" para eles mudarem de lado, de acordo com o Wall Street Journal.
O Facebook vem há algum tempo tentando conter o crescimento do TikTok . Recentemente, a empresa incluiu a função Reels no Instagram , que faz basicamente a mesma coisa que o app criado na China. O TikTok reagiu anunciando um fundo de US$ 200 milhões para manter pessoas na sua plataforma , oferecendo pagamentos para maiores de 18 anos que produzem vídeos curtos com frequência.
A empresa de Mark Zuckerberg decidiu seguir um caminho parecido. De acordo com o Wall Street Journal, o Facebook vem conversando com alguns dos usuários mais populares do TikTok para que ou eles virem criadores exclusivos do Facebook e Instagram, ou que ao menos passem a postar vídeos curtos no Reels antes de outras plataformas.
Ao conversar com produtores de conteúdo, o Facebook tenta usar a vantagem política que tem em relação ao TikTok para convertê-los. Isso porque a rede social não sofre da mesma resistência do concorrente, que pertence a um grupo chinês em uma época em que os Estados Unidos acusam constantemente o governo chinês de usar empresas de tecnologia - como a Huawei - para espionagem.
Algumas empresas dos Estados Unidos estão inclusive pedindo para seus funcionários removerem o TikTok de seus celulares. Esse é um dos trunfos do Facebook: como oito dos dez maiores criadores de conteúdo do TikTok estão nos EUA, a r ede social oferece dinheiro e lembra que, na sua plataforma, eles não correm risco de perder seguidores que questionam práticas do governo chinês.
Contratos de exclusividade com produtores de conteúdo populares estão se tornando comuns no mundo das redes sociais. No ano passado, a Microsoft contratou o streamer Ninja para o seu Mixer com o objetivo de expandir o alcance da sua plataforma e bater de frente com o Twitch . Aparentemente, o resultado não foi dos melhores - o Mixer deixou de funcionar no dia 22 de julho.