O Facebook
está sendo processado por supostamente espionar seus usuários do Instagram
pela câmera dos celulares sem autorização formal. A ação judicial foi registrada no tribunal do Distrito Norte da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos.
Esse processo surgiu a partir de notícias divulgadas em julho
de que o aplicativo
de compartilhamento de fotos parecia estar acessando câmeras do iPhone
mesmo quando os sensores estão desativados.
O Facebook negou os relatórios e culpou um bug no sistema da rede, o qual está sendo corrigindo. A empresa afirma que o defeito traz notificações falsas de que o Instagram estaria acessando câmeras do iPhone quando na verdade isso não ocorre.
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Segundo Brittany Conditi, usuária do Instagram de Nova Jersey, o uso da câmera pelo aplicativo é intencional e feito com o objetivo de coletar “dados lucrativos e valiosos sobre seus usuários aos quais, de outra forma, não teria acesso”. Na mesma ação, ao “obter dados pessoais extremamente privados e íntimos de seus usuários, inclusive na privacidade de suas próprias casas”, o Instagram e o Facebook podem coletar “insights valiosos e pesquisas de mercado”.
Coleta de dados por reconhecimento facial
Em outro processo aberto no mês passado, também nos Estados Unidos, o Facebook foi acusado de usar, desde 2015, tecnologia de reconhecimento facial para coletar ilegalmente os dados biométricos de seus mais de 100 milhões de usuários do Instagram.
O problema estava no recurso que sugeria marcação para fotos novas que eram carregadas para a plataforma. O sistema usava reconhecimento facial para digitalizar fotos e sugerir quem estava presente na captura – isso deixou de ser usado apenas no ano passado.
Agora, o Facebook vai pagar um total de US$ 650 milhões (R$ 3,5 bilhões em conversão direta) para encerrar a questão do processo.