Em uma de suas últimas ações como presidente dos EUA, Donald Trump
concedeu perdão ao ex-engenheiro do Google
Anthony Levandowski. O profissional foi condenado a 18 meses de prisão em agosto de 2020 por roubar segredos da Waymo
, divisão de carros autônomos da companhia.
Com a decisão, Levandowski não cumprirá nenhum dia de prisão. Isso porque o juiz William Alsup, que presidiu o caso, permitiu que ele só se apresentasse após o fim da pandemia de Covid-19 . “Minha família e eu somos gratos pela oportunidade de seguir nossas vidas. Agradecemos ao Presidente e a outros que apoiaram e advogaram em meu favor”, declarou ele em um tuíte publicado nesta quarta-feira (20).
O documento emitido pela Casa Branca informa o apoio de várias personalidades da área de tecnologia à decisão. Isso inclui o fundador da Oculus , Palmer Luckey, os advogados Miles Ehrlich e Amy Craig e o investidor Michael Ovitz. Levandowski não foi o único beneficiado: Trump concedeu o perdão presidencial a 73 condenados no total. Outras 70 sentenças foram reduzidas.
O caso
O engenheiro deixou o Google em 2016 e fundou sua própria empresa, a Otto, voltada à criação de caminhões autônomos. Oito meses depois, a companhia foi adquirida pela Uber por US$ 680 milhões.
No entanto, antes de deixar o Google, o engenheiro utilizou um computador fornecido pela empresa para baixar 9,7 GB de informações sobre os projetos da companhia. O material incluía 14 mil documentos confidenciais e arquivos de design proprietários de sistemas, entre eles o sensor de detecção de luz e distância ( LiDAR ) e circuitos eletrônicos.
Os dados foram transferidos para um disco rígido externo e o computador
foi formatado em seguida. Segundo a empresa, essa ação tentava encobrir rastros forenses. Levandowski foi desligado da Uber
após as acusações. O engenheiro respondia a 33 acusações de roubo de propriedade intelectual, mas assumiu a culpa por apenas uma delas, pela qual foi condenado à pena de 18 meses.