Com a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), muitos negócios físicos tiveram que se reinventar e se adaptar para as vendas online. E a plataforma mineira Bagy tem despontado como uma solução para quem não tem muito conhecimento técnico sobre a tecnologia dos e-commerces .
No mês de março, a plataforma registrou um crescimento de mais de 750% no número de clientes, quando em comparação com a média mensal do ano passado. E o grande diferencial do Bagy é que, com ele, lojistas conseguem criar um site de vendas em apenas 15 minutos sem ter nenhum conhecimento prévio.
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É o caso da Monique Machado, proprietária da loja Giovanna Ateliê, de produtos para bebês e gestantes. Antes da pandemia, ela vendia seus itens em feiras por todo o país, que foram canceladas com as recomendações de isolamento social . Com contas para pagar, Monique decidiu tirar um sonho antigo da gaveta e criar um e-commerce. “Em menos de 10 minutos eu já estava conseguindo colocar os produtos para vender. Para mim, foi muito prático e fácil”, conta a empresária.
Como criar um e-commerce em 15 minutos
Um dos maiores facilitadores do Bagy é que ele possui integrações com o Instagram e com o Mercado Livre . A primeira conexão da plataforma com o Instagram é justamente no cadastro de produtos, com importação de imagens. “Nesse cadastro de produtos, para acelerar, a gente consegue utilizar as fotos que o lojista já postou no Instagram”, explica Pedro Rabelo, CEO do Bagy.
Posteriormente, o comerciante também consegue associar seu site ao Instagram Shopping , que adiciona as famosas sacolinhas às fotos da rede social para realizar a venda de produtos. Além disso, também é possível se conectar ao Mercado Livre, anunciando em ambas as plataformas ao mesmo tempo.
Para montar o seu site, é preciso acessar a plataforma Bagy, escolher um plano (os valores começam em R$49 ao mês) e seguir as instruções para a montagem do site. Todo o processo de manutenção do site, como a criação de novos produtos, pode ser feito direto do celular, utilizando o aplicativo do serviço. “Com 15 minutos, o lojista consegue estar não só com o site no ar, mas com pelo menos entre seis e oito produtos cadastrados. Tem que ser fácil e tem que ser intuitivo para o lojista conseguir mexer”, conta Pedro.
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Em todo o processo, a plataforma conta com suporte em caso de dúvidas. A equipe, inclusive, precisou ser dobrada recentemente devido ao grande número de novos empresários criando seus sites
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Crise para quem?
O momento de crise tem impulsionada muitos comerciantes a iniciarem suas experiências nas vendas online. “A gente fica triste demais com a crise, mas a gente está muito feliz de conseguir ser esse primeiro passo [para o lojista], que sempre foi nossa ideia”, comemora Pedro.
Para Monique, esse primeiro passo foi crucial para o seu negócio. “A gente pretende, depois que tudo isso passar, continuar com o online , porque deu certo. A gente está atendendo público do país inteiro, então está sendo bem interessante pra gente. Se não fosse a questão do e-commerce , a gente não sabia como iria ficar”, afirma.
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E além da migração de muitos lojistas para o universo digital, quem já tinha se preparado anteriormente também está colhendo os frutos. Gabriella Marques, proprietária da Soie Loja, que vende roupas femininas de confecção própria, já está no universo digital há mais de três anos.
Nesse momento de isolamento social, ela enxerga um fortalecimento do seu comércio online, mas acredita muito na força que digital e físico podem criar em conjunto. “Por mais que a pessoa queira comprar fisicamente, ela quer olhar o que a loja tem, como são as roupas. Aí eu consigo garantir tanto uma venda física, como uma venda online. Se eu nao tivesse e-commerce, acho que talvez a gente estaria bem abaixo do que a gente está hoje”, conta a empresária.
Coronavírus acelera transição para o mundo digital
O que Gabriella aprendeu no passar dos últimos anos tem sido ensinado à Monique em menos de dois meses. “Além das pessoas saberem que a gente trabalha online, é uma forma também de divulgação para quando a gente for para a cidade da pessoa, que aí a pessoa pode ver tudo o que a gente tem pessoalmente. Está sendo uma propaganda”, conta Monique.
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Para Pedro, entrar no universo digital é “um caminho sem volta”. Ele diz que, durante o período de isolamento, consumidores têm se acostumado com as comprar online, e que o setor digital tem se mostrado muito importante para os empresários.
“Ter um site não só te ajuda a ter uma fonte extra de receita, como também ajuda até o próprio físico, porque eles caminham juntos. A pessoa pode te ver no online e te visitar na sua loja. Ou pode te visitar na sua loja e comprar de casa. Então, acho que a gente tem visto o mercado dar essa evoluída, o pessoal começar a ter essa consciência, e eu acredito que isso vá continuar”, projeta Pedro.
Diversos especialistas de mercado consideram que a pandemia do novo coronavírus vai acelerar os negócios digitais , trazendo em meses mudanças esperadas para anos. Para Pedro, o mundo pós-coronavírus trará muito mais integração entre lojas físicas e lojas online. “Podemos esperar uma integração do mundo online com o físico, porque muitas vezes o pessoal considerava como se fossem concorrentes ou como se fossem negócios totalmente diferentes. Na verdade, o que a gente vê é que as empresas que mais dão certo são as que conseguem fazer essa integração”, avalia.
Dicas para abrir um e-commerce no isolamento
Para quem deseja aproveitar o período de isolamento social para começar um novo negócio digital, Monique diz que esse é o “momento ideal”. A empresária aconselha que o lojista foque naquilo que é essencial para a vida das pessoas neste momento. “É o momento do comerciante ver a necessidade do cliente. Por exemplo, no meu caso, que é ramo infantil, criança está nascendo e crescendo o tempo inteiro. Então, é para as pessoas tentarem ver a carência do momento para tentar se fortalecer”, afirma.
Sobre a parte técnica das vendas , Gabriella dá dicas para mandar bem na hora de expor os produtos. Ela conta que aprendeu, na prática, que é essencial ter fotos chamativas e informações completas. “Alimente bem as redes sociais e, quando for criar um site, use fotos boas que mostrem os detalhes das peças e que tenham todas as informações referentes a ela. O cliente quer ter todas as informações na hora e, se ele tiver uma dúvida, isso já o impede de fazer uma compra”, aconselha.