Mais da metade dos brasileiros se preocupam com seus dados pessoais quando estão usando as redes sociais, de acordo com a pesquisa "Privacidade e proteção de dados pessoais", divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) nesta quinta-feira (18).
O levantamento, que entrevistou 2.556 usuários de internet brasileiros com mais de 16 anos entre novembro e dezembro de 2021, revela que 51% dos internautas do país ficam preocupados (25%) ou muito preocupados (26%) em relação aos seus dados pessoais quando acessam as redes sociais.
Ao fazer compras pela internet, essa preocupação aumenta, com 67% afirmando tê-la. Ao acessar páginas ou aplicativos de banco, 59% dos usuários ficam preocupados ou muito preocupados com seus dados pessoais. Entre os que utilizam aplicativos de relacionamento, a taxa é de 57%.
Diante dessa desconfiança, os internautas brasileiros se mostraram atentos ao compartilhamento de informações sensíveis: 65% se preocupam ao compartilharem dados biométricos; 52%, ao fornecerem informações de saúde; e 36% ao revelarem sua filiação política ou sindical.
No geral, 75% dos usuários de internet se preocupam com o uso que empresas fazem de seus dados pessoais, contra 69% que se preocupam com o uso feito por órgãos públicos.
Boas práticas na internet
Essa preocupação com os dados pessoais gera nos brasileiros conhecimento a respeito de boas práticas digitais, revela a pesquisa. 69% dos entrevistados, por exemplo, disseram que já impediram o uso dos seus dados pessoais para publicidade personalizada, enquanto 68% disseram ler as políticas de privacidade de sites ou aplicativos.
Além disso, 64% dos usuários afirmaram limitar o acesso ao seu perfil nas redes sociais, enquanto 58% disseram limitar o uso de cookies em páginas que visitou na web.
Do total de entrevistados, mais da metade (56%) disse ter conhecimentos sobre perfilamento e publicidade personalizada. Essa taxa é menor entre jovens de 16 a 24 anos (47%), pessoas que concluíram apenas o ensino fundamental (47%), moradores da zona rural (43%) e usuários que acessam a internet apenas pelo smartphone (45%).