O Instituto de Defesa do Consumidor ( Idec
) pretende tomar medidas contra a nova política de privacidade do WhatsApp
. O objetivo do órgão é garantir que, mesmo sem concordar com a nova política do WhatsApp, os usuários possam continuar utilizando o aplicativo no Brasil.
De acordo com o Idec, o fato do WhatsApp não oferecer uma alternativa viável para quem não concorda com seus novos termos, pode acabar dificultando seu uso.
O WhatsApp destaca que os usuários não vão perder suas contas caso não concordem de imediato com a nova política de privacidade. Ainda assim, a grande questão é: quem não “der ok”, vai ficar com a conta desativada até mudar de ideia.
Coleta de dados e reação negativa
O WhatsApp já registra uma série de dados, como, por exemplo, interações entre usuários, fotos de perfil e informações sobre dispositivos. De acordo com o Facebook , "o WhatsApp quer que as pessoas tenham cada vez mais facilidade tanto para comprar, como para conseguir suporte de uma empresa, diretamente na plataforma".
Os novos termos de privacidade do aplicativo receberam reação negativa de personalidades da indústria de tecnologia. Elon Musk , CEO da Tesla e da SpaceX, sugeriu a migração para o Signal , concorrente do WhatsApp com foco em privacidade e segurança.
O Signal também aproveitou a oportunidade para destacar no Twitter que “nunca haverá anúncios no Signal, porque seus dados ficam em suas mãos, não nas nossas”.
Vale lembrar que os novos termos de uso do mensageiro — que entram em vigor em 8 de fevereiro — já estão aparecendo para alguns usuários. A mudança formaliza de vez a coleta e o compartilhamento de dados pessoais dos usuários do WhatsApp
com outras plataformas do Facebook
. O tema será avaliado pelo órgão de Defesa do Consumidor no decorrer desta semana.