O Google
e a Autoridade de Concorrência e Mercados (do inglês Competition and Markets Authority, ou CMA), órgão responsável por regular a concorrência no Reino Unido
, vão trabalhar em conjunto para reformular a segmentação de anúncios on-line, que usam
cookies
de terceiros
para rastrear e redirecionar usuários a propagandas. A intenção é usar um novo conjunto de tecnologias que, futuramente, irá excluir esses tipos de arquivos do navegador da empresa, o Chrome
.
A mudança vem após a CMA anunciar no início deste ano que iria investigar formalmente o uso de inteligência artificial (IA) da gigante em tecnologia para agrupar e redirecionar usuários aos anúncios. De acordo com o Google, esta é a primeira vez que reguladores e empresas de tecnologia trabalham juntas para melhorar a navegação que, além da CMA, terá também o Information Commissioner’s Office (ICO), órgão responsável pela proteção de dados no Reino Unido , envolvido.
“A CMA está assumindo um papel de liderança na definição de como podemos trabalhar com as empresas de tecnologia mais poderosas para moldar seu comportamento e proteger a concorrência para benefício de consumidores”, disse o executivo-chefe da CMA, Andrea Coscelli, em comunicado. A nova abordagem do Google , chamada de Privacy Sandbox, pretende orientar melhor a privacidade dos cookies de rastreamento com intuito de proteger, assim, a privacidade do Chrome e de seus usuários.
Entretanto, mesmo com a boa intenção, a nova política levantou dúvidas de que o método poderia prejudicar a concorrência e concentrar ainda mais o poder nas mãos do Google , além de conter divergências do programa com o regulamento europeu de proteção de dados e a lei antitruste , dos Estados Unidos.
O Google afirmou que a implantação do projeto será transparente e assumiu o compromisso de não combinar dados de usuários dos históricos de navegação do Chrome
ou do Google Analytics
com seus produtos de publicidade
– o que traria vantagem à gigante das buscas.
Para a CMA, os compromissos firmados atendem às preocupações da reguladora. Ainda assim, uma consulta pública será aberta para analisar se a reformulação se encaixa em todos os pontos importantes de mercado e concorrência na internet .