O cofundador do WhatsApp
apoiou o Signal
e comentou sobre a disputa entre os aplicativos. As declarações de Brian Acton partem de uma entrevista dada pelo executivo ao TechCrunch
nesta terça-feira (12), na qual fala sobre o crescimento do mensageiro nos últimos dias
, privacidade e mais.
De acordo com Acton, que criou o WhatsApp e saiu em 2017 após a venda do app ao Facebook , a base de usuários do Signal "explodiu", mas não citou números. O executivo condiciona o crescimento aos acontecimentos recentes e vê de maneira positiva tanto os debates sobre privacidade e segurança digital quanto a procura pelo mensageiro como "resposta a estas questões".
"É uma grande oportunidade para a Signal brilhar e dar às pessoas uma escolha e alternativa", afirmou Acton, que atualmente é presidente executivo da companhia responsável pelo Signal , ao site especializado. "Foi um crescimento lento por três anos e, então, uma grande explosão. Agora, o foguete está indo".
O empresário também comentou sobre a disputa entre os aplicativos . "Não tenho vontade de fazer todas as coisas que o WhatsApp faz. Meu desejo é dar às pessoas uma escolha. Caso contrário, você está preso em algo onde não tem escolha. Não é estritamente um cenário onde o vencedor leva tudo", afirmou ao TechCrunch .
Esta não é a primeira vez que Acton se posiciona em relação ao Facebook . Em março de 2018, após o caso Cambridge Analytica , o cofundador do WhatsApp se juntou à campanha para deletar o Facebook ao publicar a hashtag "#DeleteFacebook" em seu perfil do Twitter.
Seis meses depois, Acton explicou a saída do Facebook. O executivo lamentou a comercialização do WhatsApp à rede social , pois, em sua visão, vendeu a privacidade dos usuários "para um benefício maior". "Eu fiz a escolha e um compromisso. E eu vivo com isso todos os dias", disse. Na época, falava-se sobre anúncios no WhatsApp Status.
Telegram e Signal disparam em lojas de aplicativos
O Telegram e o Signal tiveram um crescimento notável e repentino nos últimos dias. O episódio acontece após a aparição da nova política de privacidade do mensageiro , o que rendeu críticas ao Facebook , incluindo de Elon Musk, CEO da Tesla, que promoveu o Signal.
O número de downloads dos aplicativos em plataformas móveis disparou. No caso do Signal , o mensageiro esteve em primeiro lugar em 44 países na App Store, loja do iPhone, neste domingo (10), segundo a consultoria App Annie. O Telegram , por sua vez, chegou a 500 milhões de usuários com a "fuga" do WhatsApp .